O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) rebateu as declarações de José Carlos Aleluia (DEM-BA), que acusou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como responsável pelo acidente automobilístico, após manifestação em Sergipe. O acidente causou a morte de três pessoas. “Se fosse dessa forma, eu poderia atribuir a ele e ao grupo dele a responsabilidade pelo assassinato dos 21 sem terras em Eldorado dos Carajás, já que quem governava o estado do Pará era o PSDB, aliado do DEM em todas as negociatas envolvendo os interesses da população”, dispara Assunção. Valmir ainda diz que o deputado do DEM “é preconceituoso e que tenta fortalecer um movimento golpista contra a democracia, por não aceitar a derrota nas urnas em 2014”.
“Ao longo da história deste Brasil, o DEM sempre apoiou políticas que impediram o avanço do povo. A Bahia é um exemplo disso, um dos estados onde a renda per capita é uma das mais baixas do país, justamente porque a política dirigida pelo grupo do DEM massacrou o povo baiano. Foi Jaques Wagner que começou a recuperar a autoestima do povo da Bahia. Hoje, Rui Costa dá continuidade a isso”, completa o petista. Sobre a representação, Assunção afirma que já foi protocolada na Câmara Federal uma ação contra o tucano Nilson Leitão (PSDB-MT) e não contra Aleluia, como foi divulgado por alguns meios de comunicação. Foram três deputados federais ligados ao MST que decidiram entrar com a representação contra Leitão, que tentou criminalizar o movimento. Valmir Assunção, João Daniel [PT-SE] e Marcon [PT-RS] rebateram os ataques do parlamentar, que chegou a usar palavras depreciativas contra o MST.
A respeito do acidente em Sergipe, Valmir lamentou o ocorrido e relatou o fato. “Uma carreta não conseguiu reduzir sua velocidade a tempo, quando a BR-101 estava sendo liberada pelos manifestantes do MST. A carreta acabou batendo nos carros que estavam parados. Sinto-me solidário às famílias por esta fatalidade. Mas eu não poderia admitir que a dor das famílias fosse usada pelo deputado Aleluia, ou por quem quer que seja, para alimentar o ódio ao MST e promover a sua criminalização”.