A marcha da jornada de luta pela reforma agrária, antecipada para este mês de março pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), segue rumo a Salvador e deve chegar nesta segunda-feira (16). As pautas de reivindicações do movimento devem ser entregues ao governador Rui Costa ainda esta semana. Essas demandas foram defendidas pelo vereador da capital e líder da oposição, Luiz Carlos Suíca (PT), que explicou a importância da sociedade e do governo de ouvirem os trabalhadores rurais. “É preciso ter mais políticas públicas para o campo e auxiliar os agricultores familiares, os assentados de reforma agrária e os acampados, que vivem às margens das estradas em todo o país, a terem mais inclusão social e econômica e mais acesso a serviços e projetos dos governos. Vamos ouvir as vozes das ruas, mas também já passou da hora de ouvir quem vai para as ruas todos os anos de forma pacífica”, salienta Suíca.
Para o edil petista, o governador Rui Costa (PT) ampliará as políticas na Bahia, tanto que criou uma pasta de Desenvolvimento Rural para tratar diretamente os problemas do campo. Suíca defende ainda o aumento do número de desapropriação de terras e isenção de impostos e renegociação de dívidas agrárias dos agricultores familiares. “Sem dúvida precisamos avançar muito para termos uma reforma agrária, inclusive com beneficiamento, produção e comercialização de alimentos orgânicos, sem agrotóxicos. O país precisa avançar em diversos setores, mas esse entreve da divisão de terras deve ser superado, dando chance ao país de voltar a crescer com sustentabilidade, considerando sua população de trabalhadores”.
De acordo com o vereador da capital, o MST é um movimento legítimo e merece respeito da sociedade e dos políticos. “Somos solidários ao movimento e precisamos ter menos preconceito contra os trabalhadores rurais e mais respeito pela luta deles. Até porque, a Constituição Federal que rege esse país garante a função social da terra, e essa função se resume em explorar e gerar riquezas e trabalho para o povo”, completa. Atualmente, a Bahia tem mais de 45 mil famílias em 504 acampamentos sem terra e cerca de 27 mil são militantes organizados pelo MST. Dos 504 assentamentos baianos, 220 pertencem ao MST.