A investigação sobre a participação de políticos em desvio de recursos públicos, no caso do Instituto Brasil, está nas mãos do Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA). Entre os citados pela delatora do suposto esquema – a presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva -, estavam os então deputados federais baianos petistas Afonso Florence (reeleito), Rui Costa (hoje governador) e Nelson Pelegrino (atual secretário de Turismo da Bahia), além do senador Walter Pinheiro.
As acusações surgiram em outubro de 2014, coincidentemente em um momento em que Rui crescia nas pesquisas e já incomodava a liderança de Paulo Souto, candidato que acabaria derrotado. Passada a eleição, porém, Dalva, que estava na Europa, sumiu. Dalva Sele acusava os petistas de desviar recursos da construção de casas populares para alimentar a campanha do partido nas eleições em 2008. Segundo ela, o instituto foi criado para financiar o caixa eleitoral da sigla no estado.
O caso já era investigado pelo Ministério Público Estadual na Bahia (MP-BA) em 2010, mas foi reaceso após entrevista concedida por Dalva à Veja, em meio à disputa ao Palácio de Ondina. A presidente do Instituto Brasil declarou que tinha provas que deixavam claras as irregularidades cometidas pela cúpula petista. Em setembro do ano passado, Dalva entregou ao MP-BA 17 documentos que supostamente comprovariam a participação dos políticos no esquema.
Agora, de acordo com a promotora inicialmente responsável pelo caso, Rita Tourinho, a apuração do envolvimento do governador Rui Costa (PT) e dos parlamentares da lista de Dalva está a cargo do MPF, por conta do chamado foro por prerrogativa de função – o conhecido “foro privilegiado” dos políticos. As informações são do Portal Metro1.