No dia em que Salvador completa 466 anos de história, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) chama a atenção para as demandas dos bairros periféricos e aponta para as intervenções do estado na capital. Mobilidade urbana, cidadania e cultura, reformas de mercados, do aeroporto, esgotamento sanitário e abastecimento de água, revitalização do patrimônio cultural e uma série de iniciativas que mantêm as tradições e as memórias do soteropolitano. De acordo com o parlamentar, são iniciativas como essas que precisam para que a terceira maior cidade do país cresça, respeitando o cotidiano, hábitos e costume dos baianos. “Estamos falando de um patrimônio que conserva uma grande diversidade étnico-cultural e religiosa, sendo Salvador, a capital mais negra do Brasil”, destaca Assunção, enumerando desafios colocados para a cidade, principalmente diante da forte desigualdade social.
“Precisamos, com urgência, girar as ações do poder público para as áreas mais periféricas, onde moram as pessoas de baixa renda. Bairros como Pernambués, Liberdade, Cajazeiras, Cabula, Pirajá, Subúrbio Ferroviário, Peripiri, Beiru/Trancredo Neves, dentre tantos outros, onde está a maior parte da população negra de Salvador, precisam de investimentos que melhorem a infraestrutura urbana, que ampliem a mobilidade, que garantam acesso aos serviços públicos”, frisa Valmir, citando ainda ações dos vereadores petistas Suíca, líder da oposição na Câmara de Vereadores, e Moisés Rocha. “Ambos têm fortalecido o partido em Salvador, estabelecido projetos para melhorar a vida das pessoas e enfrentado os embates, principalmente sobre outorga onerosa, o Plano de Diretor de Desenvolvimento Urbano e outros projetos que envolvem a cidade”.
Segundo Valmir, Salvador tem recebido apoio para obras de infraestrutura, mobilidade urbana por parte dos governos da presidente Dilma Rousseff, do ex-governador Jaques Wagner e agora do governador Rui Costa. “Destaco a iniciativa do governo estadual com o fundo imobiliário para atrair novos moradores para o Centro Antigo de Salvador. A região compreende bairros como Saúde, Barbalho, Macaúbas, parte da Liberdade, Santo Antônio e Comércio, o próprio Centro Histórico, Centro, Barris, Tororó, Nazaré e possui em torno de 77 mil habitantes. A estimativa é que essa primeira parte dos investimentos na construção e incorporação de imóveis chegue a R$ 268 milhões”, informa.
Intervenções do governo
Entre as obras de revitalização da capital, o governo inaugurou o Mercado do Rio Vermelho, beneficiando 2.675.656 habitantes, um investimento de R$ 32.626.156 milhões. No mercado de Paripe são R$ 6.790.714 milhões para implantação de infraestrutura turística. Na Feira de São Joaquim, já existem duas etapas de obras concluídas, com mais de R$ 61 milhões em obras e requalificações da orla da Ribeira, beneficiando 2,7 milhões de habitantes. No Centro Antigo, obras estaduais recuperam as ruas da região, com um investimento de R$ 124,7 milhões.
“Concluímos o Terminal de Passageiros do Porto de Salvador, estamos recuperando a Ladeira do Pilar, melhorando a iluminação do Terreiro de Jesus e do Santo Antônio. Wagner e agora Rui Costa ainda reorganizaram as condições estruturantes do sistema de transporte de Salvador e Região Metropolitana, com prioridade para o transporte coletivo, com investimento de cerca de R$ 8,5 bilhões. Inauguramos o metrô Salvador- Lauro de Freitas. Realizamos a licitação para implantação e operação da Linha 2 (Salvador/Lauro de Freitas) e a conclusão e operação da Linha 1 (Lapa/Pirajá), só nisto um investimento de R$ 3,6 bilhões. Aliás, na linha 1, há o investimento de R$ 1 bilhão para a sua ampliação com a construção do Tramo III, ligando Pirajá até a região de Águas Claras/Cajazeiras. Corredores estruturantes estão na mira das obras do governo em Salvador”.
De acordo com Valmir, também é preciso dar luz a iniciativas que tramitam na Câmara dos Vereadores, como a construção de unidades do Programa Saúde da Família em bairros como o Nordeste de Amaralina e a indicação de um Programa de Revitalização das Colônias Pesqueiras de Salvador. “É preciso avançar em setores com pouca visibilidade social, como os pescadores, temos que investir na reforma das sedes das colônias, na qualificação e capacitação dos pescadores, na melhoria das condições sanitárias e na promoção de políticas públicas municipais de inclusão social dessas famílias”.