Com o objetivo de dar visibilidade aos altos índices de violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), com destaque aos recentes crimes de ódio contra esta população, foi definido o tema da terceira edição do Maio da Diversidade: “Zero Violência contra LGBT!” Por uma Bahia que respeite a Diversidade Sexual e de Gênero. “A proposta do evento é construir um cenário de superação e definir uma agenda afirmativa que garanta o respeito e acolhimento das diversas possibilidades de se vivenciar as identidades sexuais e de gênero, e, a partir desta agenda, demandar políticas públicas”, explicou o coordenador do Núcleo LGBT da secretaria estadual de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Vinícius Alves. Ainda segundo Vinícius, a terceira edição do Maio da Diversidade visa “promover uma cultura de respeito aos direitos humanos, com foco na população LGBT, a partir de debates, oficinas, feiras e atividades artístico-culturais”.
A primeira reunião preparatória para o Maio da Diversidade ocorreu na quarta-feira (25), na Casa de Direitos Humanos (DH), no Pelourinho. Estiveram presentes ativistas, cidadãs/cidadãos, gestoras/es municipais, de equipamentos culturais, de Cras, de pesquisadoras/es, de variadas organizações sociais, entes federativos e universidades. A próxima reunião, específica para representantes estaduais e municipais, será realizada amanhã (31), na sede da SJDHDS, com o objetivo de apresentar a proposta do III Maio da Diversidade, e definir as ações dos poderes públicos nesta agenda.
Na reunião, ficou definido que a terceira edição do Maio da Diversidade será construída de forma colaborativa, com duas frentes de trabalho, uma que sistematizará as agendas, e nela, as demandas dos movimentos LGBT e de luta contra a homo-lesbi-transfóbicas, e outra, construída como uma ação sistêmica e pactuada dos poderes público estadual e municipais. O produto final será a elaboração de um relatório contendo as demandas que puderam ser detectadas em seu processo e nas suas atividades – que podem servir de instrumento tanto para a produção de políticas públicas LGBT como ao monitoramento e controle social das mesmas.