O ex-governador da Bahia, César Borges, atualmente sem partido, vai assumir a vice-presidência de Serviços e Infraestrutura do Banco do Brasil. Na quarta-feira (8), o ex-ministro passou o dia em reunião, em Brasília, tomando conhecimento do setor que vai assumir, criado recentemente pelo Conselho de Administração do Banco do Brasil. Por ser uma estrutura que não existia, Borges estaria junto com a equipe técnica do BB realizando adequações. A reportagem da Tribuna tentou contato com o ex-ministro, mas não obteve resposta.
De acordo com informações de pessoas próximas ao ex-governador, a entrada dele na vice-presidência do banco não se dará por cota partidária. O principal motivo para o convite se dá devido ao perfil técnico e ao desempenho satisfatório que César teria tido quando foi vice-presidente de Governo do Banco do Brasil, de maio de 2012 a abril de 2013. Contou a favor do ex-ministro ainda a relação de proximidade e confiança estabelecida com a presidente Dilma Rousseff. De acordo com o Conselho de Administração do banco, houve a unificação e criação de vice-presidências e diretorias com o propósito de melhorar a eficiência e a produtividade da instituição.
O setor criado do qual Borges será vice-presidente (Serviços e Infraestrutura) abrangerá concessões de estradas, portos, aeroportos, ferrovias e modernização dos aeroportos regionais. De acordo com o setor de comunicação do Banco do Brasil, o cargo é de extrema importância para coordenar negócios relacionados a projetos de infraestrutura com modelos de concessão. Por meio de comunicado, o Banco do Brasil acrescentou também que a criação do cargo e demais alterações não “implicam incremento de despesas, redução de quadros, ou alterações nas metas de eficiência operacional previstas para o período de 2015-2019”.
Saída do PR
O relacionamento entre o ex-governador e secretário nacional dos Portos, César Borges, e o seu partido, o PR, não andava bem. No entanto, ninguém esperava o rompimento repentino, ocorrido em novembro de 2014. A contenda que girou na saída de Borges do Ministério dos Transportes, sob argumento do PR, de que ele não representava a cota do partido, ajudou a esquentar ainda mais o clima no convívio político. Extraído da Tribuna da Bahia.