A CPI da Petrobras iniciou por volta das 10h da manhã desta quinta (9) a sessão para a oitiva do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em meio a uma grande confusão. Manifestantes soltaram vários ratos dentro do plenário. Ao menos uma pessoa, ainda não identificada, foi retirada do plenário. Praticamente todos os titulares da CPI estão presentes, e a expectativa entre os parlamentares é de que a tomada de depoimento dure durante todo o dia. Na quarta-feira (8), a defesa de Vaccari obteve um habeas corpus assinado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, garantindo-o o direito de não depor na condição de testemunha. Entre outros direitos, o habeas corpus isenta Vaccari de assinar um termo de compromisso usual em CPIs, no qual o depoente se compromete a dizer apenas a verdade.
Graças ao habeas corpus, Vaccari também poderá depor acompanhado do advogado, com quem poderá se comunicar ao longo do depoimento. Ele também poderá permanecer calado, para não produzir provas contra si mesmo. No despacho, Zavascki alegou que o tesoureiro não poderia depôr como testemunha por já ser investigado em uma ação penal na Justiça. Em meados de março, Vaccari foi denunciado pelo Ministério Público Federal por envolvimento no escândalo do Petrolão.
Até o momento, os integrantes da CPI discutem questões administrativas da CPI, com diversas questões de ordem sendo apresentadas por deputados do PT. O deputado Jorge Solla (PT-BA), por exemplo, questionou o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB) sobre o porquê do colegiado não ter convocado ainda o lobista Fernando “Baiano” Soares, apontado como operador do PMDB no esquema. Solla também quis saber sobre um pedido de informações a respeito das visitas de Baiano ao Congresso. “O sistema de identificação da Câmara registrou a presença dele aqui nove vezes. Ele também solicitou informações com base na Lei de Acesso, mas a Câmara e o Senado se negam a repassar o teor desses pedidos”, disse Solla. As informações são do Correio Braziliense.