O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) se mostrou preocupado com a análise feita dos dados de violência contra camponeses apresentados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), durante o lançamento do Caderno de Conflitos no Campo 2014, na última segunda-feira (13). “Os dados são preocupantes. Em 2014, os assassinatos passaram de 34 para 36. Os sem-terra foram o principal alvo, com 11 mortes. Chama atenção o número de mulheres assassinadas, foram oito [22%]. Já as tentativas de assassinatos aumentaram em 273%, sendo 56 registros. No Nordeste, a CPT registrou 11 dessas tentativas”, salienta Valmir. Ainda segundo o petista, o número de famílias despejadas quase dobrou em 2014. Os números saltaram de 6.358 para 12.188 mil. As ameaças de despejo aumentaram em 52% (29.280 mil famílias). “Nas regiões Sul e Sudeste, onde o agronegócio é mais estabelecido, o número de conflitos aumentou em 91% e 56%, respectivamente”.
Além da preocupação com a violência no campo, o parlamentar baiano ainda se pronunciou, nesta terça-feira (14), sobre o caso envolvendo três manifestantes que foram detidos na Câmara Federal, tentando fazer um protesto silencioso durante uma sessão aberta de homenagem à Rede Globo. “Eles queriam abrir uma faixa e dizer uma simples constatação: ‘A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a Ditadura’. Prontamente foram presos pela polícia legislativa da Câmara, sob orientação do presidente da Casa”. Valmir afirma que o Brasil vive um período difícil no Congresso Nacional, “onde o direito à manifestação é seletivo e a organização da direita ataca diretamente os direitos mais básicos dos trabalhadores”. O parlamentar também foi solidário aos manifestantes, principalmente a Pedro Vilela, Lucas Rezende e Esther Othoni, que sofreram esta violência dentro da Câmara.