Passados os primeiros dez dias de forte chuva em Salvador, várias ações estão em andamento para evitar mortes e realocar pessoas que têm casas em áreas com riscos de deslizamento de encostas. A articulação junto à Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Defesa Civil municipal (Codesal), Corpo de Bombeiros e Exército Brasileiro definiu o trabalho de técnicos, engenheiros e assistentes sociais nas áreas ameaçadas
Entre as ações, envolvendo os governos federal, estadual e municipal, além da realocação das famílias para evitar novas ocorrências, estão a contribuição para o aluguel social, distribuição dos kits humanitários, de limpeza pessoal e dormitório fornecidos pela Defesa Civil Nacional. O Estado também prestou apoio técnico à Codesal para auxiliar na decretação da situação de emergência e agilizar a homologação da medida, em Salvador, possibilitando a adoção das providências necessárias.
Articulação
De acordo com o superintendente de Defesa Civil do Estado, Rodrigo Hita, o governo estadual é um articulador das ações. “Nós articulamos os bombeiros, o Graer [Grupamento Aéreo da Polícia Militar], a polícia, toda a estrutura do Estado, para isolar a área. Fazemos monitoramento da chuva que pode ocorrer e criamos uma força-tarefa, junto com a Codesal, de engenheiros e assistentes sociais que estão indo a comunidades em áreas de riscos para convencer as pessoas a deixarem o local”.
Segundo ele, no aniversário de Salvador houve entrega de encostas reforçadas. “As [obras para contenção de] encostas são muito necessárias. O [investimento] em 98 projetos totaliza R$ 156 milhões. Algumas já [foram] entregues, outras [estão] concluídas e há as que serão iniciadas”. Ele informa que o planejamento teve como base o Plano-Diretor de Encostas da Prefeitura.
Áreas de risco
Hita disse que as pessoas estão aceitando as medidas e deixando suas moradias. “Depois da saída, os engenheiros identificam quais as casas estão condenadas e as que serão demolidas. As áreas receberão urbanização para que as pessoas não voltem a ocupar as cristas das encostas”.
O superintendente de Defesa Civil do Estado orienta para que a população receba bem os técnicos. “Estamos passando [nos locais] para retirar quem realmente está em risco”. Ele informou que o Exército e a prefeitura estão guardando os pertences das famílias, porém o mais necessário é sair das áreas de risco por ser esta uma época em que a chuva pode voltar.