A situação política e administrativa do país não vai nada bem, isso todo mundo já sabe, e essa situação piora nos municípios de pequeno porte do interior da Bahia. Na Chapada Diamantina, por exemplo, o mês de abril e este de maio tem sido de protestos, envolvendo servidores municipais que lutam por seus direitos, e pela permanência de direitos trabalhistas conquistados em mais de 30 anos de luta sindical. Assim foi o caso dos servidores municipais de Várzea Nova, que paralisaram suas atividades, no intuito de buscar um diálogo com a gestão, para que sejam garantidos seus direitos e condições dignas de trabalho, de forma legal.
Nos dias 29 e 30 de abril, os profissionais se concentraram em frente à sede do Sindicato dos Servidores Municipais de Várzea Nova (Sismuvan), e saíram em caminhada pelas ruas da cidade em protesto contra a intolerância da gestão municipal na garantia dos direitos de toda a classe dos trabalhadores. Uma das reivindicações da categoria foi a Alteração do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Várzea Nova, Lei nº 115 de 10/10/1997, que não prevê os principais direitos básicos como adicionais de insalubridade e periculosidade para trabalhadores da saúde, servidores da limpeza pública, cozinheiras, motoristas de ambulância, guardas municipais, dentre outros.
De acordo com Marta Carneiro Oliveira, presidente do Sismuvan, em contato com o Jornal da Chapada, “a gestão municipal solicitou ao sindicato a apresentação de uma proposta de alteração, a qual foi encaminhada em janeiro de 2014 e até os dias atuais não obtivemos nenhuma proposição oficial por parte da mesma”. Outra reivindicação da categoria é o cumprimento da Lei Federal nº 12.994, de 17 de junho de 2014, que instituiu o piso salarial profissional nacional e diretrizes para o plano de carreira dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias e que, até o momento também não foi cumprida em Várzea Nova.