Está prevista para o dia 20 de junho a fusão do PSB e do PPS, data em que ocorrerá o Congresso Unificado entre as legendas em Brasília. A informação é do vereador de Salvador e presidente do PPS na Bahia, Joceval Rodrigues, que participou, na noite desta terça-feira (12), de reunião na capital baiana e embarcou, na madrugada desta quarta-feira (13), para a capital federal a fim de participar de encontros com membros de ambas as siglas. “Nessa data (20) temos o congresso unificado e é quando deve acontecer a fusão. Uma data previamente agendada. O sentimento que tenho é que é uma fusão muito boa para o País e que deve acontecer”, destacou. Os encontros, inclusive, servirão para resolver alguns entraves. Isso porque a junção dos partidos tem causado alvoroço nos bastidores políticos de estados como Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e na Bahia.
Em território baiano, inclusive, as legendas têm posições ideológicas bastante distintas: PPS de Joceval apoia o prefeito ACM Neto (DEM) e o PSB, presidido pela senadora Lídice da Mata, apoia o governador Rui Costa (PT. Até a data da fusão, as legendas podem travar uma disputa a fim de manterem as alianças que estabeleceram desde as eleições do ano passado. Questionado sobre em que pé caminham essas articulações, o presidente do PPS na Bahia explica que essas questões devem ser resolvidas até o dia 20. “A união dos dois partidos tem uma intenção muito voltada para a discussão programática. Claro que, na Bahia, em essa questão de quem vai ficar, quem não vai, quem fica com governador ou com o prefeito, acaba sendo muito discutida, mas isso se resolverá…”, afirmou o vereador.
Joceval adiantou, ainda, que os “detalhes” relacionados ao nome do partido, já fundido, e o número que será utilizado, serão conhecidos na reunião de hoje. “Então, quanto aos detalhes de nome de fundação e número, vou estar me inteirando amanhã. Mas, uma coisa eu quero dizer: sou favorável à fusão, acho que ela vai pautar a nossa política na Bahia, com todo respeito aos outros partidos. O PSB e o PPS são partidos com perfis inovadores. O PPS tem uma postura muito grande de contribuição ao que acontece no país, o PSB que na última tentativa foi Eduardo Campos, com Marina, e que se fortaleceu muito na última eleição”, disse. Para ele, a fusão só vai somar ao país. A legenda deverá tomar um rumo de independência em relação à oposição e governo. “Em todas as discussões, em todas as reuniões, essa postura de independência é unanimidade”.
Atritos
Joceval e Lídice protagonizaram, inclusive, na primeira semana de maio, uma discussão por meio da imprensa. Quando questionada, a senadora afirmou que, pelo fato do PSB ser um partido maior, será o PPS que mudará a posição e deu o recado: “Joceval vai ter que saber qual o rumo dele”. Já o vereador expressou sua indignação ao afirmar que: “Essa postura explica por que a candidata ao Senado, iniciante na política, teve mais votos que ela”, alfinetou, fazendo referência a Eliana Calmon. Matéria extraído do jornal Tribuna da Bahia.