Nesta terça-feira (19), completa 15 anos do falecimento do petista Paulo Jackson. A trajetória de luta do político foi reverenciada pelo vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT). O líder oposicionista lembra que Jackson não chegou a ver o projeto em que trabalhou sendo consolidado. Na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), ele era voz ativa na oposição a Antônio Carlos Magalhães (ACM), que na época comandava a Bahia. “Mesmo sofrendo algumas decepções com companheiros de partido, ele nunca arredou o pé do PT e faleceu antes de Lula ganhar a primeira eleição para presidente. Paulo Jackson morreu antes de ver essa transformação que o PT proporcionou ao País. Atuou na oposição e foi ferrenho em suas declarações, além de sempre auxiliar o Sindilimp [Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza da Bahia], mesmo ele sendo membro do Sindae [Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto do Estado]”, declara Suíca.
Para o edil petista, o político baiano “foi uma pessoa que sempre falava o que sentia e a verdade dentro do partido. Um cara que, mesmo depois de 15 anos de morto, o partido tem que prestar homenagens a ele. Hoje tem a Fundação Paulo Jackson, mas ainda representa pouco a atuação dele. Não tinha patrimônio, sempre foi contra a ‘caixinha previdenciária na Assembleia’, usada para quando um parlamentar se aposentasse, ele dizia que o cara tinha é que trabalhar. Figuras históricas do PT baiano, como Paulo Jackson, não podem ser esquecidas”, completa Suíca.
Sobre Paulo Jackson
Formado em engenharia pela Universidade Federal da Bahia, Paulo Jackson participou da reformulação do Sindicato dos Engenheiros em 1977, logo após deixar a faculdade. Delegado baiano da categoria em sua federação nacional, logo se engajou nos movimentos sociais e de resistência à ditadura militar. Foi um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT), onde foi também diretor, na Bahia. Ingressando na estatal Embasa, o político participou da fundação do Sindae, do qual foi presidente. Elegeu-se suplente de deputado estadual em 1991, vindo a ocupar mandato em 1993, tendo sido reeleito nos mandatos seguintes, até morrer em acidente rodoviário, em 2000.