O Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) é responsável pelo monitoramento da Balneabilidade das praias no Estado da Bahia. Atualmente existem 121 pontos de análise distribuídos em toda a costa baiana. Para melhor entendimento sobre o assunto o coordenador de Monitoramento de Recursos Ambientais e Hídricos do Inema, Eduardo Topázio, esclarece a relação entre as chuvas e a qualidade da água das praias.
O coordenador destacou que no período chuvoso, as praias podem ser contaminadas por arraste de detritos diversos, carregados das ruas através das galerias pluviais. “Durante as chuvas o lixo, quando disposto de maneira inapropriada nas ruas da cidade, é arrastado para a praia. São resíduos com uma elevada carga orgânica e contaminação bacteriológica”.
Além disso, é desaconselhável, ainda em dias de sol, o banho próximo à saída de esgotos, desembocadura dos rios urbanos, córregos e canais de drenagem. “Nestas regiões as cidades cresceram de forma desordenada, em situações onde a ocupação do solo é irregular e não acompanhada de rede de esgotamento sanitário. Os esgotos destas residências são geralmente ligados em redes pluviais dos municípios, que por sua vez lançam seus efluentes de chuva, contaminado com esgoto, em rios, que muitas vezes deságuam no mar e acabam contaminando as praias”, ressaltou Topázio.
A divulgação dos resultados sobre as condições das praias são atualizados e divulgados semanalmente através do Boletim de Balneabilidade, disponibilizado no site www.inema.ba.gov.br.
Balneabilidade – pode ser entendida como qualidade requerida das águas destinadas à recreação de contato primário, onde se considera o risco do contato direto e prolongado, havendo possibilidade de ingerir quantidade significativa de água. O monitoramento da balneabilidade é definido em norma técnica, resolução N.º274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que determina os limites máximos aceitáveis para uma praia ser considerada segura para o banho.