A professora Marlede Oliveira foi empossada como nova diretora da APLB Feira, na noite de sábado (13), durante uma confraternização junina promovida pelo sindicato dos professores, no Spazzio Eventos. Representantes da APLB Feira e de Salvador além de professores e convidados se divertiram no Forró da Posse e prestigiaram a nova diretora que assume a direção do sindicato já com importantes pautas em prol do ensino de qualidade na rede pública da cidade como a discussão do Plano Municipal de Educação (PME) e a reformulação do plano de carreira.
“Fui diretora regional, numa delegacia que reúne 29 municípios, e agora me debruço sobre a delegacia de Feira de Santana. Temos muitas propostas e a primeira se refere a defesa intransigente pelos direitos dos trabalhadores. Nada de perder o que já conquistamos, temos é que avançar para conquistarmos mais”, declarou.
De acordo com a diretora da APLB Salvador, Marilene Betros, praticamente todas as cidades do estado possuem representantes da entidade e é importante que Feira de Santana tenha uma representividade forte e unificada. ”A chapa de Marlede deu essa demonstração de construção de unidade, sem brigas políticas. Ela tem toda uma expectativa em torno da categoria, e a categoria vê em Marlede uma pessoa de luta, de força e de garra, porque é disso que precisamos também no sindicato. Não apenas mulheres, mas uma mulher que tenha coragem de lutar, que não tenha medo de dizer ao prefeito e ao governador que nos queremos ser valorizados e essa figura é a professora Marlede Oliveira sem sombra de dúvidas” afirmou.
Marlede defendeu a implantação de mais creches e escolas de tempo integral, a realização de concursos públicos, o fim do PST, e destacou a importância do Plano Municipal de Educação. “O PME muito interessa aos munícipes porque é a construção de diretrizes para a educação municipal. Endossado a isto está inclusa a valorização dos profissionais porque precisamos reformular o Plano de Carreira com a unificação dos demais funcionários. Além dos professores a educação conta com um conjunto de trabalhadores na direção, na portaria e no preparo da merenda, e eles também precisam ser valorizados”, explicou.
A diretora também recordou-se da Reserva de Carga Horária aprovada há sete anos, mas que ainda não está sendo cumprida. “A lei diz que os professores devem ter um terço sua reserva de carga horária para a coordenação pedagógica. O professor com 29 horas trabalha 13 horas em sala de aula e as outras sete com atividades pedagógicas. O professor é um profissional que quando sai da escola leva para casa tarefas, provas para corrigir e tem que estudar e elaborar atividades e avaliações”, explicou.
A reserva de um terço de carga horária será pauta da assembleia do sindicato que será realizada nesta segunda-feira (15), às 9h, no Centro Paroquial de Santana, localizado na Praça da República (Matriz), nº 87. No mesmo dia e local às 14h acontecerá um debate sobre o Plano Municipal de Comunicação com a presença de palestrantes, entre eles a deputada federal Alice Mazzuco Portugal, que é membro da Comissão de Educação do Congresso Nacional. O debate tem como tema: Construindo o PME numa perspectiva democrática.