Os jovens que vão representar o Brasil nas Olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) vão se reunir no Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), em Brazópolis (MG), para um grande treinamento com especialistas. O programa acontecerá dos dias 19 a 21 de junho. As aulas servirão para intensificar a preparação dos alunos diante das provas que vão enfrentar em ambos os eventos internacionais. Haverá, por exemplo, grupos de estudos para analisar as questões teóricas, levando em conta os últimos exames.
Eles vão ainda participar de oficinas de atividades e observação do céu noturno de maneira panorâmica, a olho nu, e com instrumentos profissionais do LNA, tais como o telescópio Zeiss, de 60 centímetros de diâmetro. A Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IX IOAA 2015) acontecerá dos dias 26 de julho a 4 de agosto, na Indonésia. E a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (VII OLAA) será na cidade de Barra do Piraí, interior do Rio de Janeiro, de 27 de setembro a 04 de outubro.
Equipes
O treinamento será coordenado pelos astrônomos Dr. Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Dr. Eugênio Reis Neto, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST/MCTI) e Dr. João Canalle, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA/UERJ). A equipe conta ainda com a ajuda do professor Vitor Lyra, da Escola Educativa de São Carlos, do doutorando Alberto Mesquita, do Observatório Nacional (ON), e dos planetaristas Leandro Faria e Bruna Senra, ambos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A seleção que irá para a IOAA terá os alunos Carolina Lima Guimarães (Vitória, ES), Felipe Roz Barscevicius (Sorocaba, SP), João Paulo Krug Paiva (Curitiba, PR), Pedro Henrique da Silva Dias (Porto Alegre, RS) e Yassin Rany Khalil (Primavera do Leste, MT). A delegação brasileira na OLAA será representada por Ana Paulo Lopes Schuch (Porto Alegre, RS), Renner Leite Lucena (Fortaleza, CE), Gustavo Guedes Faria (São José dos Campos, SP), Leonardo Henrique Martins Florentino (São Paulo, SP), e Víctor Gomes Pires (São Paulo, SP).
Além destes, participam dos treinamentos a equipe reserva composta pelos estudantes: Giancarlo Siniscalchi Sciacca Guimarães Pereira (São Paulo, SP), Adrisson Rogerio Samersla (Porto Alegre, RS), Eduardo Seiji Miyazato Ferrer (Suzano, SP), Lucas Camargo da Silva (São José, SC) e Beatriz Marques de Brito (São Bernardo do Campo, SP).
Como participar
Para ter a oportunidade de estar em uma destas equipes internacionais, o candidato precisa, primeiramente, de uma excelente pontuação na prova nacional da OBA. Em seguida, é preciso participar de provas seletivas online. E, finalmente, caso seja classificado, o estudante realiza uma prova final presencial. Depois de todo esse processo, os selecionados para compor as equipes realizam treinamentos intensivos, onde aprendem a operar telescópios, a construir foguetes e bases de lançamento e aprimoram seus conhecimentos de Astronomia.
Organização
A IOAA é reconhecida pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês). A organização exige que cada país se comprometa a sediar uma edição da olimpíada, arcando com todas as despesas relativas ao evento, podendo receber apoio de diferentes setores da sociedade. Já a OLAA é coordenada por astrônomos brasileiros, argentinos, uruguaios e de outros países da América Latina. Acontece desde 2009, quando foi fundada na cidade de Montevidéu, no Uruguai. A OBA é organizada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).