Como uma das datas históricas em que os políticos vão às ruas da capital baiana para testar a popularidade, o Dois de Julho deste ano poderá ser mais um termômetro eleitoral para quem vai disputar cargos eletivos no próximo ano. A data marca a independência da Bahia das forças portuguesas que queriam manter a província como colônia, ocorrida somente em 2 de julho de 1823, quase um ano após ter sido concretizada a independência do país, ocorrida em 7 de setembro de 1822. O governador Rui Costa (PT) estará presente no início do desfile, no bairro da Lapinha, por volta das 8h de amanhã, e participa da homenagem aos heróis da independência do Dois de Julho no 2º Distrito Naval, às 13h30. Pela tarde, o chefe do Executivo baiano acompanhará a chegada do cortejo no Campo Grande, às 16h30.
Como forma de promover a festividade, o governo estadual lançou um vídeo institucional de campanha pela data com o hino ao Dois de Julho como música de fundo. A peça publicitária é encerrada com um afago aos baianos: “A independência da Bahia acontece todos os dias e é feita por todos os baianos”. O prefeito ACM Neto (DEM) também participará dos festejos. Segundo a assessoria de comunicação do prefeito, ele estará às 9h na Lapinha para o início do desfile e seguirá o cortejo com o povo. “É a data mais significativa da Bahia e um orgulho para os baianos e para todos os brasileiros”, lembrou o democrata. No poder Legislativo estadual, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), deve marcar presença logo pela manhã também na Lapinha.
O vereador Paulo Câmara, presidente do Legislativo de Salvador, também estará no início do cortejo e pela tarde vai ao Campo Grande. Nesta quarta, a Câmara de Vereadores fará o ato de homenagem aos heróis da independência em frente à sede do Legislativo soteropolitano. O desfile do Dois de Julho tem sido marcado, além da exposição proposital das figuras políticas, por protestos contra autoridades governamentais.
Em 2013, por exemplo, o então governador foi alvejado com um copo de cerveja por uma professora que integrava a ala insatisfeita com o governo na época. A data da independência baiana foi incluída em 2013 no calendário de efemérides nacionais como data histórica após a presidente Dilma Rousseff sancionar a lei oriunda de uma proposição da deputada baiana Alice Portugal. O projeto tramitou na Câmara Federal desde 2008, sendo aprovado no Senado em maio do ano em que foi sancionado. Matéria extraída do site da Tribuna da Bahia.