A coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Comercial, Industrial, Hospitalar, Asseio, Prestação de Serviços em Geral, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA), Ana Angélica Rabelo, afirma que a entidade sindical encara o atraso no pagamento do PIS-Pasep como “mais um atentado aos direitos dos trabalhadores motivado pela política de ajuste fiscal do governo federal. Nossa categoria de forma majoritária tem direito ao abono porque recebe até dois salários-mínimos por mês. O abono é de um salário-mínimo e as pessoas já contavam com esse dinheiro como certo e agora enfrentam essa mudança brusca de planos”, protesta.
Membro da diretoria do Sindilimp-BA, o vereador Luiz Carlos Suíca (PT) declarou que “as medidas para equilibrar contas públicas não podem continuar atingindo os mais pobres e preservar privilégios históricos dos mais ricos. Cerca da metade dos trabalhadores com direito ao abono salarial de 2015 só receberá o benefício no próximo ano se nada mais for mudado até lá. Por que o governo federal não taxa as grandes fortunas para realizar um efetivo equilíbrio fiscal?”, questiona.
Ana Angélica Rabelo lembra que “a classe trabalhadora já enfrentou as Medidas Provisórias (MPs) que criaram restrições para acesso a direitos trabalhistas como seguro-desemprego, auxílio-doença e pensão por morte. A decisão foi tomada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e não levou em conta os interesses dos trabalhadores. O tal superávit primário para pagar juros da dívida não podem ser conquistado jogando todo o peso da crise nas costas dos trabalhadores. Que os ricos paguem a crise. Não fomos nós, trabalhadoras e trabalhadores que criamos crise econômica alguma e não aceitamos pagá-la com mais sacrifícios”, finaliza a sindicalista.