O vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT) e toda a equipe do mandato na Câmara Municipal repudiam as agressões contra o editor de política do site Bocão News, Marivaldo Filho, que aconteceram na capital, neste sábado (4). O jornalista foi espancado por policiais militares por fotografar atos de abuso de autoridade contra um rapaz, durante a saída de uma festa no bairro do Bonfim.
“Estamos todos consternados e ofendidos, primeiro porque conheço o trabalho de Marivaldo há muito tempo e sei de sua dedicação, e segundo por ele ser negro e um promissor comunicólogo. Estamos vivendo um momento onde o ódio é disseminado de forma covarde e rasteira via racismo, homofobia, mentiras e o terror imperado nas ruas ganha força daqueles que deveriam ser o olho do Estado, que deveriam nos proteger. Fora que é um direito do jornalista atuar seja em caso de denúncia ou de qualquer outro”, diz, indignado, o edil petista.
Em nota publicada em rede social, o profissional de imprensa narra que um dos policiais que percebeu que ele fazia o registro das agressões e humilhações contra o homem, tentou lhe convencer de apagar as imagens do celular de forma violenta. “Ele pediu para apagar a foto. Eu disse que não iria apagar. Tentei argumentar que não tinha porque apagar. Isso gerou uma fúria maior no policial, que me deu voz de prisão”, afirma Marivaldo. Feriado e algemado, o jornalista foi para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Roma e, em seguida, levado para a Central de Flagrantes, nos Barris.
“Marivaldo levou sete pontos na cabeça e está com hematomas por todo o corpo. Um profissional que quis intervir por não concordar com a humilhação e quebra de direitos humanos de uma pessoa, acabou tendo o seu direito também cerceado. Isso é caso de severa investigação e punição ao envolvidos, não podemos caminhar pelas ruas com medo da polícia, pelo contrário, temos que aproximar mais a sociedade da polícia e essa corporação deve ser, cada vez mais, próxima do cidadão, por isso é preciso identificar os agressores e faze-los responder pelo crime cometido”, completa o vereador Suíca.