A Câmara Federal foi palco de um ato político em defesa da Petrobras, nesta terça-feira (14), envolvendo movimentos sociais, parlamentares de partidos como o PT, PCdoB, PDT e PSOL, sem terras e membros da União Nacional dos Estudantes (UNE). Os representantes defenderam a democracia e a Petrobras, e denunciaram as tentativas de golpe da direita brasileira, além de se manifestarem contra a intenção de privatizar a empresa petrolífera.
Em pronunciamento na Câmara, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) disse que a situação da Petrobras é um debate que precisa ser enfrentado. “Digo isso porque tramita no Senado um projeto de José Serra, que pede a flexibilização do regime de partilha, que foi aprovado pela Câmara. Isso significa diminuir os recursos para a educação, já que 75% do pré-sal vai para a educação. Flexibilizar, ou seja, tirar das mãos da Petrobras o direito de exploração do pré-sal, significa tirar o dinheiro da educação”, frisa Valmir.
Para o petista baiano, quando o PSDB debate a questão da educação e ao mesmo tempo a da Petrobras, e o senador José Serra encaminha um projeto para retirar da empresa o direito de exclusividade na exploração do pré-sal, “ambos ficam na contramão daquilo que a Câmara aprovou para fortalecer a educação, a saúde, o país e defender a Petrobras”. Assunção destaca ainda o compromisso dos parlamentares que votaram e aprovaram o regime de partilha na Casa.
“Esses têm a compreensão de que essa riqueza, o pré-sal, tem que ser prioridade neste país para a educação e também para a saúde. Foi esse entendimento da presidente Dilma ao encaminhar o projeto de regime de partilha. E o PSDB não pode, de forma alguma, querer passar por cima ou encaminhar um projeto diferente, porque ele está contra a educação no Brasil, está contra a Petrobras e contra o povo brasileiro”, completa.