O presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi acusado por delator (Júlio Camargo) da Operação Lava Jato por pedir propina à Petrobras no valor de US$ 5 milhões. Para o parlamentar federal Valmir Assunção (PT-BA), o caso é sério e precisa de rigorosa investigação, pois se trata do presidente da Casa. “Esperamos que essa acusação seja imediatamente apurada, não podemos deixar essa situação contaminar a Câmara. Estamos acompanhando todos os passos da operação e as pautas aqui no Congresso devem ser melhor avaliadas para não configurar retaliação de grupos de parlamentares que querem desestabilizar o governo federal”, cobra Assunção.
Ainda de acordo com o deputado petista, a atuação de Cunha na Câmara tem demostrado que as votações e manobras regimentais que aconteceram seguem a risca os interesses de empresas financiadoras de campanhas eleitorais. “Até a reforma política que está em tramitação visa os interesses do capital e de grupos que defendem o uso do dinheiro como fundamental para se eleger. Sempre usam meios de burlar a Constituição e querem mudar as regras do jogo para dificultar a eleição de novos políticos, sem falar em pautas polêmicas como a redução da maioridade penal, união estável entre casais do mesmo sexo, e uma série de outras ações que não envolve a sociedade e são decididas sem a participação da juventude e de movimentos sociais”, completa Valmir.