O ministro da Defesa e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, reiterou na segunda-feira (20) que a posição do Palácio do Planalto sobre a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em romper com o governo é a avaliação de que “foi uma decisão pessoal. O PMDB não acompanha”. Horas antes, Wagner havia dito que o governo precisa “saber ouvir críticas”. Segundo o ministro, “as coisas tendem para o leito natural após o recesso”. Wagner disse também que a posição do presidente da Câmara não altera o desejo do governo em aprovar matérias de interesse, como o ajuste fiscal. “Vamos continuar trabalhando com a base de sustentação política para aprovar o que ainda é importante, depois do recesso”, disse.
Wagner também destacou que Cunha soube separar a posição pessoal dele em sair do governo da posição que tem como presidente da Câmara. “Caberá, então, a nós do governo, convencer a nossa base daquilo que é necessário fazer”, declarou. O ministro participou na segunda de um evento referente ao projeto Amazônia-SAR, para financiar um radar orbital para monitorar e combater o desmatamento na Amazônia.
Ele também aproveitou a ocasião para refutar as especulações de que poderá vir a assumir a Casa Civil, em substituição ao ministro Aloizio Mercadante. “Não vejo nem fumaça, o que dirá notícia objetiva sobre isso”, ressaltou. “O ministro Mercadante tem prestado serviços importantes para o governo e para a presidente. Não vejo fumaça”, reforçou. “Estou muito bem posicionado no Ministério da Defesa e a presidente não está pensando em mudança ministerial”, assegurou. As informações são do Brasil 247/Bahia.