“É uma questão que será examinada daqui pra frente. Evidentemente que pode ocorrer um dia qualquer em que o PMDB resolva deixar o governo, especialmente em 2018, quando entender ter uma candidatura presidencial”, disse em sua apresentação para advogados e investidores, que durou cerca de 40 minutos. Temer voltou a enfatizar que o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com o governo de Dilma Rousseff foi de caráter pessoal. “Essa distensão, divergência entre o presidente da Câmara e o Poder Executivo é, como ele registrou, salientou e voltou a salientar, uma divergência de natureza pessoal”, afirmou o vice-presidente.
A governabilidade, ressaltou Temer, é um fenômeno mais político do que jurídico, “porque depende mais da articulação política”. Se o governo não tiver forças políticas que o ampare, deixa de existir, disse ele, ressaltando que tem conseguido desempenhar seu papel de articulador com “tranquilidade”. Em sua palestra, Temer falou até da interferência da internet em questões do governo. “O que as redes sociais produzem de informações, às vezes de deformações, faz com você tenha que ter, ao lado da governabilidade, o apoio de forças sociais emergentes, que têm influência extraordinária”, disse. As informações são do Estadão.