O líder da oposição na Câmara de Salvador, vereador Luiz Carlos Suíca (PT), voltou a defender, nesta terça-feira (21), maior participação dos movimentos sociais nas decisões nos governos federal, estadual e municipal. Suíca também salienta que, na Bahia, os movimentos devem ter atenção redobrada das atuais gestões e cobra empenho dos conselhos formados por representantes da sociedade civil em relação às pautas polêmicas votadas recentemente no Congresso Nacional. “Não podemos perder espaço dentro de núcleos que auxiliaram o PT a nascer. O partido foi criado justamente para defender a participação dos trabalhadores e da sociedade civil organizada e temos de seguir acompanhando o desenvolvimento de cada entidade dessa, seja sindical, seja por direitos humanos, ou qualquer outro grupo que represente as minorias que tiveram seus direitos historicamente negados neste país”. Para o vereador, a intenção é seguir com as ações e lutar para que “os direitos conquistados não sejam arrancados”.
Parafraseando o músico baiano Edson Gomes, Suíca diz que “a resistência contra a hegemonia da direita golpista deve ser ainda maior agora. Temos que lembrar aos amigos que lutem sempre, para não acabarmos perdendo o que conquistamos com muito suor. Não adianta apenas fazer parte dos movimentos, temos que defender, valorizar e incluir todos nos debates atuais e nas decisões dos governos. Acredito que esta seja uma das principais tarefas do PT, caso contrário, esse diálogo pode acarretar em ruídos na comunicação. Ninguém quer mais desgastes, já bastam as pedaladas regimentais no Congresso Nacional para aprovar pautas polêmicas na tentativa de fragilizar o governo”. O petista diz que houve um afastamento dos movimentos sociais da política e que é preciso aproximação. “Se Maomé não vai até a montanha, a montanha vai até a Maomé, e os movimentos precisam se aproximar da sua cria, que é o PT”, completa.
Suíca também acredita que na política existe uma ‘guerra fria’ contra as ações dos governos petistas ao que se refere à inclusão social e combate à pobreza e fala em ‘terrorismo econômico’ gerado pelas grandes corporações. “Não há dúvida que a briga lá em cima é por poder. Os partidos da direita não aceitam o PT no governo, não conseguem ganhar na urna e pregam o terror para ludibriar o povo, vinculando tudo de ruim na política ao partido dos trabalhadores. Mas é preciso voltar a dizer que antes não se investigava denúncias de corrupção, porque esses partidos da direita sempre mantiveram as benesses da máquina pública, basta analisar a quem vai beneficiar o financiamento privado de campanhas, que segue na marra em pauta na Câmara Federal”.