A Polícia Federal e o Ministério da Previdência Social deflagram uma operação para desarticular uma quadrilha especializada em fraudar benefícios previdenciários em Salvador e nas cidades de Jacobina e Ourolândia. De acordo com as investigações, os membros da quadrilha apresentavam documentos falsos (certidões de óbito, certidões de casamento, carteiras de trabalho, com vínculos empregatícios falsos, entre outros) nas agências da Previdência Social e, com isso, conseguiam obter os benefícios de forma fraudulenta.
Entre os benefícios fraudulentos obtidos, se destacavam as pensões por morte em que os instituidores dos benefícios, que supostamente estariam falecidos, na realidade se encontram vivos. Além da apresentação dos documentos falsos, alguns dos investigados possuíam documentos de identificação (RG e CPF) em duplicidade ( com a mudança apenas de detalhes, como nome da mãe e data de nascimento), sendo que em cada documento o fraudador possuía mais de um benefício ativo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Além de pagamentos mensais que chegavam a valores superiores a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), alguns membros da quadrilha recebiam valores retroativos de instituições bancárias, gerados pela suposta existência de filhos menores, que não existiam. Seis mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva devem ser cumpridos em Salvador, Jacobina e Ourolândia. Ainda de acordo com a Polícia Federal, os investigados responderão pelos crimes de estelionato qualificado, falsificação de documentos público e associação criminosa, cujas penas caso condenados, podem chegar a até 16 anos de prisão.
O resultado das investigações levou à identificação de outros integrantes da quadrilha. Os novos mandados foram expedidos pela Justiça Federal no município de Campo Formoso. Intitulada “Walking Dead II”, a operação é uma referência à série de TV americana “The Walking Dead”, em que pessoas mortas “voltam à vida” quando viram zumbis. A primeira fase da operação foi deflagrada em dezembro de 2014.