O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, venceu nesta quarta (5) a eleição interna do Ministério Público Federal (MPF), com 799 votos, para ser reconduzido ao cargo por mais dois anos, como o mais votado da lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), e caberá à presidenta Dilma Rousseff indicá-lo para a recondução, mas ela não é obrigada a seguir a ordem de votação da lista. O segundo candidato mais votado foi o subprocurador Mario Bonsaglia, que obteve 462 votos. A subprocuradora Raquel Dodge ficou em terceiro, com 402 votos. Em último lugar, ficou o procurador Carlos Frederico, com 217. Ao todo, 983 procuradores votaram.
A lista, com o resultado da votação, será enviada à presidência da República, para a escolha de um dos três indicados. Em seguida, o nome deverá ser encaminhado ao Senado para apreciação dos parlamentares. O novo procurador precisa ter o nome aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e pelo plenário da Casa, em votação secreta. O mandato de Janot acaba dia 17 de setembro, mas ele pode ser reconduzido pela presidenta Dilma Rousseff por mais dois anos. Mesmo com essa possibilidade, a eleição interna entre 1,2 mil membros da Procuradoria-Geral da República tem que ser feita, para a formação da lista.
A apresentação da relação não é obrigatória, mas é feita pela Associação de Procuradores desde 2003. A entidade considera essa maneira a mais democrática de indicar seu representante. Nos debates dos quais participou, Janot garantiu que vai continuar trabalhando para manter a independência do Ministério Público e intensificará o combate à corrupção. Ele chefia as investigações da Operação Lava Jato e foi criticado por integrantes do Senado após a deflagração da Operação Politeia, fase da Lava Jato deflagrada no mês passado, que fez buscas e apreensões nas casas dos senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE). Os três parlamentares podem participar da votação da recondução de Janot. Da Agência Brasil.