Com clima quente a maior parte do ano, a Bahia reserva encantos também durante o inverno. E a região da Chapada Diamantina, com alguns municípios apresentando temperaturas mínimas entre 8 e 15 graus, principalmente à noite e ao amanhecer, é um belo convite para quem gosta de curtir um friozinho em locais de rara beleza e gastronomia variada. As características regionais, propensas ao ecoturismo e ao turismo cultural, além da hospitalidade da comunidade da região fazem com que este seja um dos períodos muito procurados por visitantes do mundo todo. Pouca chuva, e dias ensolarados propiciam passeios imperdíveis em contato com a natureza, durante o dia, ou à noite, em apresentações musicais, saboreando a boa culinária local.
Shows e apresentações culturais em Lençóis
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a cidade Lençóis possui um lindo casario no estilo colonial do século XIX, herança dos tempos do garimpo. Durante o dia, temperaturas mais altas convidam a passeios ao ar livre. Diversos restaurantes oferecem shows e apresentações culturais para levar um pouco de calor às noites frias.
Opções gastronômicas, com pratos regionais e internacionais, além dos que ousam na elaboração de novos sabores, combinando ingredientes da terra e a criatividades dos chefs, aguçam o paladar dos visitantes. Os estabelecimentos oferecem ainda noites de queijos e vinhos, degustação de licores caseiros, das premiadas cachaças e cafés orgânicos regionais, muitos deles certificados e premiados. Também há algumas opções de cervejas artesanais, que podem ser encontradas nos restaurantes, inclusive as de produção local. Lençóis possui, aproximadamente, 72 meios de hospedagem, com opções de albergues, campings, pousadas e grandes hotéis, somando uma média de 3 mil leitos.
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Ecoturismo para quem chega a Mucugê
O município de Mucugê, no centro da Chapada Diamantina, costuma receber nos meses de julho e agosto entre 2 mil e 4 mil turistas. O tempo estiado no decorrer do dia é um convite perfeito para fazer as trilhas, muito comuns na região.
Procurada por quem busca a prática de ecoturismo, com locais de rara beleza, como cachoeiras, vales e cânions, Mucugê, uma das mais antigas da região da Chapada Diamantina, fundada no fim do século XVIII, foi um dos principais centros de exploração de ouro e diamantes. Apresentando até hoje casarões coloniais em estilo português, também é uma boa pedida para quem aprecia o turismo cultural, com suas histórias de lutas pela posse do garimpo, de defesa contra a invasão da Coluna Prestes e de destemidos coronéis, que eram respeitados pelo poder e riqueza.
Nos finais de semana, o visitante pode desfrutar de música ao vivo em alguns estabelecimentos. Para aguçar o paladar, pratos típicos como o godó (banana verde com carne) e o arroz de garimpeiro. Para aquecer, além de fondue, chocolate quente e cappuccino, facilmente encontrados nos cafés da cidade, que oferece 15 meios de hospedagem, com 622 leitos, além de aluguel de casas por temporada.
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Esportes radicais e diversidades naturais em Morro do Chapéu
Integrante da Chapada Norte, o município de Morro do Chapéu, que ganhou esse nome devido ao Morrão de 1.293 m em forma de chapéu, se apresenta envolta por cachoeiras, com destaque para a do Ferro Doido, com 118 metros de queda d’água -, grandes paredões, desfiladeiros e grutas, sítios históricos e arqueológicos. Quem chega à cidade, pode conhecer os pontos turísticos sem nenhuma dificuldade, devido ao fácil acesso. Localizada a mais de 1.000 m de altitude, é também o paraíso para os fãs de esportes radicais, rota certa para a prática de rapel, trekking e cavernismo.
A cidade, que recebe visitantes de várias partes do Brasil, tem uma culinária baseada nos pratos típicos da região, como cuscuz, beiju, galinha caipira com pirão e maxixe com nata. Durante a noite, os visitantes podem curtir os bares e restaurantes espalhados pela cidade, que, neste período, apresenta um cardápio diferenciado, com opções como chocolate quente, sopa, doces e salgados.
A região abriga umas das maiores concentrações de orquídeas da Bahia e é habitat natural do colibri-dourado, espécie rara de beija-flor presente na região. Dentro do perímetro urbano, destacam-se belas edificações como a igreja matriz de Nossa Senhora da Graça, de 1834, e a Capela de Nossa Senhora da Soledade, de 1911, dentre outras.