No próximo sábado, dia 5 de setembro, é o Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística, doença de origem genética autossômica recessiva, ou seja, herdada de ambos os pais. De acordo com dados da Secretária Estadual de Saúde, na Bahia são 500 pessoas com Fibrose Cística, sendo a maioria delas crianças. Considerada rara, segundo o Ministério da Saúde, a doença tem maior incidência nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Também conhecida como Mucoviscidose, a Fibrose Cística se manifesta principalmente no sistema respiratório, provocando o acumulo de secreção espessa e purulenta nas vias inferiores, infecções respiratórias recorrentes e perda progressiva da função pulmonar, esta última responsável pela maior parte da morbimortalidade. A doença também compromete o funcionamento do fígado e do pâncreas.
Entre os cuidados com os portadores da doença está a adequação nutricional, com reposição vitamínica, a reidratação e a reposição de sódio. Mas, é preciso estar atento principalmente aos cuidados com o sistema respiratório e é aí que os portadores da doença podem encontrar ajuda na prática regular de atividade física. “Praticar atividade física melhora a função respiratória dos indivíduos, proporcionando a eles uma melhor qualidade de vida”, explica o educador físico Neto Amorim, coordenador da unidade Vilas 2, da Rede de Academias Alpha Fitness.
De acordo com Amorim, por se tratar de um problema que atinge principalmente os pulmões, com o acúmulo de secreções, qualquer atividade física irá contribuir para o melhor funcionamento do sistema respiratório. Segundo ele, não existem restrições para a escolha dos exercícios a serem praticados por indivíduos portadores de Fibrose Cística, porém, assim como qualquer outra pessoa com problemas de saúde ou não, é necessário respeitar a sua individualidade e capacidade de esforço.
“A restrição de exercícios se dará apenas quando indicada pelo médico ou em casos de crises crônicas, por isso, é muito importante manter um acompanhamento médico”, enfatiza o educador físico. Ainda segundo ele, a prática das atividades devem ser realizada pelo menos três vezes na semana.
O diagnóstico da Fibrose Cística é feito por meio dos testes do Pezinho, do Suor e /ou do teste genético. A detecção precoce da doença leva a um tratamento mais eficaz, proporcionando uma melhoria dos sintomas e da qualidade de vida dos portadores. Em Salvador, o tratamento da Fibrose Cística é feito no Hospital Octávio Mangabeira, Praça Conselheiro João Alfredo, s/n – Pau Miúdo.