Para promover ações educativas no trânsito, fiscalizar itens de segurança obrigatórios – extintor, estepe, faróis, triângulo sinalizador, macaco hidráulico, etc.- , além de reduzir os índices de crimes por meio de apreensões de armas, entorpecentes e recuperação de veículos roubados, o Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) firmou parceria com a Polícia Militar para capacitar parte do efetivo que atua nas blitze na capital e Região Metropolitana de Salvador (RMS). Cerca de 250 policiais militares devem participar até sexta-feira (4) do curso de capacitação realizado na sede do Detran, em Salvador. A apresentação de ferramentas tecnológicas, entre elas aplicativos de celular para consultar a situação dos veículos, faz parte dos conteúdos ministrados.
Outro ponto exposto foi a recomendação que o governador Rui Costa fez à PM de colocar mais policiais nas ruas para as abordagens. Na opinião do coordenador de Operações e Serviços Extraordinários do Comando de Operações da PM, major Antônio César, “com a possibilidade de utilizar mão de obra policial em jornadas extras, temos condição de incrementar o efetivo da cidade e atuar de maneira educativa e preventiva no trânsito, que tem sido um ponto de atenção para o desenvolvimento do nosso trabalho”.
Lei seca
O assessor especial da diretoria geral do Detran-BA, coronel PM Alfredo Castro, afirmou que a promoção da paz no transito é um dos focos da ação. Ele informou ainda que o cumprimento da Lei Seca também será uma das prioridades durante as blitze. “Estaremos levando ações educativas para os condutores de veículo. Isso será feito por funcionários do Detran. É um diferencial. O Detran vem assumindo, quase na sua totalidade, a fiscalização e a orientação do trânsito de Salvador, região metropolitana e em todo o estado da Bahia”.
Metodologia
Divididos em grupos de 40 a 50 participantes, durante uma dinâmica de grupo, desenvolvido pela professora de relações públicas Cristiane Cunha, os militares têm a possibilidade de expor pontos positivos e negativos identificados durante as abordagens no trânsito, além de dar sugestões. “Por incrível que pareça, a dificuldade mais citada por eles foi a de relacionamento com o público, que tem uma dificuldade grande de aceitar e compreender o tempo de espera para a realização das abordagens”.
Há 20 anos na PM, o sargento Cláudio Maia considera fundamental a capacitação para uma melhor prestação de serviços à sociedade. Ele acredita que o curso amplia a segurança aos policiais e aos condutores durante as blitze. Ele também considera fundamental que a sociedade compreenda a importância das abordagens. “Está previsto na Constituição que todos são responsáveis pela segurança. Então, uma forma de o cidadão contribuir com a segurança é permitir a aproximação da polícia, a abordagem para garantir um ir e vir mais tranquilo”.