A presidente Dilma Rousseff se encontrou no fim da tarde de domingo (27), em Nova York, com Bill Gates, cofundador e ex-presidente da gigante de tecnologia Microsoft, em reunião que durou quase uma hora. O empresário começou a conversa lamentando o que chamou de mal-entendido sobre a informação de que sua fundação teria processado a Petrobras e se mostrou constrangido, segundo assessores do governo presentes no encontro.
De acordo com um dos assessores, Gates teria pedido desculpas por esse “mal entendido”. O encontro de Gates com Dilma ocorreu em meio a um ruído causado por conta de novo processo contra a Petrobras aberto na Corte de Nova York na última quinta-feira. A informação inicial era de que a Bill & Melinda Gates Foundation era a autora do processo. No documento oficial enviado à Corte, o autor da ação é a “Bill & Melinda Gates Foundation Trust”.
A Fundação de Bill Gates, maior instituição filantrópica do mundo, com US$ 43 bilhões em ativos, esclareceu em sua página na internet que essa entidade é um gestor que cuida de recursos para a instituição. O texto afirma que “a ação judicial se refere a investimentos feitos por um gestor externo que investe em favor da entidade e que detém recursos que apoiam as atividades da fundação”.
Este gestor externo e o fundo são separados da fundação, destaca o texto do comunicado. Bill Gates chegou ao hotel em que Dilma está hospedada em Nova York acompanhado de sua esposa, Melinda Gates, por volta das 18h (horário de Brasília) e saiu uma hora depois. Ele não falou com a imprensa e saiu carregando os mascotes “Tom e Vinícius”, escolhidos para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Dilma convidou o empresário para ir ao evento esportivo. Na reunião, Dilma e Bill Gates também discutiram sobre educação e projetos de tecnologia para o desenvolvimento social.
Outro tema foi a criação de projetos de cooperação entre Brasil e África na área de alimentação e vacinação. Uma das ideias é levar uma alimentação mais saudável às escolas brasileiras. Bill Gates é o homem mais rico do mundo, de acordo com o ranking da revista Forbes, com fortuna estimada em US$ 80 bilhões. Sua fundação não tem fins lucrativos e, com sede em Seattle, nos EUA administra US$ 38 bilhões. Extraído do Estadão.