A Bahia foi escolhida para sediar o Seminário Macrorregional de apoio à implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança para o Nordeste. O evento, que aconteceu na quarta-feira (7), no Grande Hotel da Barra, em Salvador, reuniu profissionais da área de Saúde da Criança, de Atenção Básica, organizações não governamentais, entre outros. O objetivo foi discutir e construir coletivamente estratégias para implementar a Política em âmbito nacional. O Nordeste foi a primeira região a discutir o tema. A próxima será a região Norte, seguida das demais.
Presente no evento, o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, pontuou algumas ações que vêm sendo realizadas na atenção materno-infantil no estado. Foi estruturado um grupo de trabalho para se dedicar exclusivamente ao tema; está sendo realizada busca ativa para identificação de pacientes portadores de sífilis, feita por meio de testes rápidos em toda a Bahia e foi elaborado um programa de qualificação das maternidades do estado, que inclui entre outras ações, cursos de reanimação neonatal para até mil pediatras, que começarão em novembro.
“Vamos investir 20 milhões de dólares na qualificação de maternidades em todo o estado da Bahia, voltados para a compra de equipamentos, reforma e ampliação de unidades. O Governo do Estado está profundamente comprometido com esse tema e espero em um curto prazo apresentar uma mudança significativa nos indicadores da Bahia”, disse Vilas-Boas.
Estiveram presentes no evento o coordenador geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha Almeida; Cristina Albuquerque, do Fundo das Nações Unidas para a Infância; o representante da Pastoral da Criança, Cosme Oliveira dos Santos; e Raul Molina, vice-presidente do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems), entre outros.
Política
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança visa integrar diversas ações já existentes para o atendimento a essa população. O objetivo é promover o aleitamento materno e a saúde da criança, a partir da gestação, até aos nove anos de vida, com especial atenção à primeira infância (zero a cinco anos) e às populações de maior vulnerabilidade, como crianças com deficiência, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, e em situação de rua.
É considerada como criança a pessoa na faixa etária de zero a nove anos e a primeira infância, de zero a cinco anos. Para atendimento em serviços de pediatria no Sistema Único de Saúde (SUS), são contempladas crianças e adolescentes menores de 16 anos, sendo que este limite etário pode ser alterado conforme as normas e rotinas do estabelecimento de saúde responsável pelo atendimento.