O mês de setembro registrou queda de 10,5% nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em relação ao mesmo período do ano passado. Em todo o estado, o número de vítimas de homicídios caiu de 437, em 2014, para 391 entre os dias 1º e 30 do último mês.
Considerando apenas os números registrados nas cidades da Região Metropolitana de Salvador (RMS), foram 16 vítimas a menos que em setembro de 2014 (-27%). No interior, os dados apontam variação absoluta de 33 casos a menos com redução de 274 para 241 CVLIs (-12%). Em Salvador, setembro fechou com 107 ocorrências, contra 104 no ano passado, variação de 2,9%. No acumulado de janeiro a setembro de 2015, o índice de CVLIs consolidado de Salvador, RMS e interior caiu 3,6% na comparação com o ano anterior.
SSP questiona metodologia do Anuário de Segurança Pública
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) questiona a metodologia utilizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública no estudo divulgado parcialmente nesta quinta-feira (8), em que atribui à Bahia o primeiro lugar entre os estados da federação em números absolutos de homicídios no ano passado.
O próprio Fórum admite a excelência da qualidade nas informações prestadas pela Bahia referentes à segurança, o que acaba colocando-a entre os estados com maiores números absolutos de homicídios. A SSP classifica, inicialmente, qualquer morte com sinais de violência como homicídio, exceto casos especiais. Em outros estados brasileiros, grande parte das ocorrências não é assim contabilizada e sim como “mortes a esclarecer”.
Por exemplo, em 2012, segundo dados do próprio levantamento, Minas Gerais computava 3.924 homicídios e 3.780 mortes a esclarecer. Somados, os números alcançam a marca de 7.704 casos. No mesmo ano, a Bahia registrou 5.462 homicídios e 446 casos a serem investigados, somando 5.908 mortes. Da mesma forma, o Rio de Janeiro não incluiu naquele ano os casos que ainda precisavam ser solucionados. Em 2012, eles somavam 3.814 homicídios, contra 3.619 “mortes a esclarecer”. Somados dá um total de 7.433 casos.
Com isso, a SSP entende a inviabilidade de se comparar os dados entre os estados, já que cada um utiliza metodologia diferente de contabilidade das estatísticas policiais.