Difícil imaginar uma equipe que esteja pressionada já na segunda das 18 rodadas da competição que disputa. Mas é assim, com a pressão de um país inteiro sobre si, que a Seleção Brasileira estará nesta terça-feira (13), a partir das 22h, diante da Venezuela, em Fortaleza, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Na sequência ao vexame do Mundial de 2014, marcado pela goleada de 7 a 1 da Alemanha em Belo Horizonte, a equipe, que trocou o treinador Luiz Felipe Scolari por Dunga, fracassou na Copa América deste ano ao cair nas quartas de final diante do Paraguai. Há cinco dias, estreou nas Eliminatórias levando 2 a 0 do Chile, fora de casa.
Ganhar nesta noite com um futebol convincente se tornou obrigação. E jogar em casa contra a Venezuela seria o contexto ideal. A adversária é um histórico saco de pancadas dos pentacampeões mundiais. Em 22 confrontos, são 19 vitórias, dois empates e uma derrota. Foram 84 gols a favor e somente sete contra. Porém, até o retrospecto motiva pressão sobre a Seleção. Ela havia vencido os 17 primeiros confrontos, com direito a três goleadas por 5 a 0, quatro por 6 a 0 e ao famoso 7 a 0 da Copa América de 1999, em que Ronaldinho Gaúcho estreou com seu primeiro gol e direito a chapéu no marcador.
No 18º duelo, amistoso em 2008, as coisas começaram a mudar. Com Dunga no comando, o Brasil levou 2 a 0 num amistoso, nos EUA. O treinador também encarou a Venezuela outras três vezes, duas pelas Eliminatórias da Copa de 2010. Em casa, já classificado, ficou no 0 a 0. Fora, fez 4 a 0. Na Copa América deste ano, venceu por 2 a 1. O outro empate, 0 a 0 no torneio continental de 2011, foi sob o comando de Mano Menezes. Além de Dunga, cinco jogadores do elenco atual, quatro prováveis titulares, participaram dos fracassos recentes contra a Venezuela. Miranda, Filipe Luis e Kaká foram titulares no 0 a 0 de 2009. Daniel Alves, na derrota de 2008 e no empate de 2011, em que Lucas entrou no segundo tempo.
Críticas
“Temos que fechar os olhos e ouvidos para muito do que dizem. Temos que escutar só o que vai nos ajudar”, comentou o lateral direito Daniel Alves. O técnico afirmando que o problema está na estrutura e na organização do futebol nacional: “A conta não é nossa, mas temos que pegar agora e pagar. Estamos pagando por uma série de coisas. A desconfiança vai existir até você ganhar. Você tem que administrar críticas”.
Dunga deu a entender que mudará o time. Na zaga, Marquinhos substitui David Luiz, lesionado. Na ala esquerda, Filipe Luis deve ganhar a posição de Marcelo. No meio-campo, Oscar, que teve atuação ruim, será sacado para a entrada de Lucas Lima, e Willian pode perder a vaga para Lucas. A matéria foi extraída na íntegra do jornal A Tarde.
Ficha técnica de Brasil x Venezuela:
Local: Arena Castelão, em Fortaleza (CE); Dia/hora: Nesta terça, 13, às 22 horas; Árbitro: Darío Ubriaco (Uruguai); Assistentes: Carlos Pastorino (Uruguai) e Nicolás Taran (Uruguai).
Brasil – Jefferson, Daniel Alves, Miranda, Marquinhos e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Elias, Willian (Lucas Moura), Lucas Lima e Douglas Costa; Hulk. Técnico: Dunga. Venezuela – Alain Baroja, Roberto Rosales, Oswaldo Vizcarrondo, Franklin Lucena e Fernando Amorebieta (Gabriel Cíchero); Jeffren Suárez, Tomás Rincón, Luis Seijas e César González; José Rondón e Juan Falcón Técnico: Noel Sanvicente.