Um artigo publicado pelo deputado federal Jorge Solla (PT) nesta quinta-feira, 28, causou grande indignação nos setores do governo. No texto publicado no jornal A Tarde, intitulado como “Transparência para todos”, Solla inicia dizendo que “os oito anos do PT no governo da Bahia na gestão de Wagner foram de conquistas nas áreas sociais”, bem como “transparência da gestão”. No entanto, destaca que “é possível checar a falta de veracidade das informações divulgadas pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia na atual gestão. A divulgação da abertura de 265 novos leitos hospitalares, por exemplo, não se sustenta após consulta ao cadastro do Ministério da Saúde. Os profissionais que trabalham no SUS, a imprensa e nem os usuários viram ou serviram-se desses leitos”.
Para justificar a crítica, o deputado utilizou de números de redução de leitos públicos estaduais. Segundo Solla, os leitos “de internação caíram de 5.203 em outubro de 2014 para 4.962 em outubro de 2015 (menos de 241) e os leitos complementares (UTI, intermediários, isolamento), de 797 para 784 (menos 13). Além de não terem aberto os propalados 265 “novos”, fecharam 254 que existem”. De acordo com Solla, “também são falsas as reduções de despesas por “melhorias na gestão”. A informação de que o HGRS perdia mil lençóis e fronhas por mês não se sustenta: nos três últimos anos foram comprados apenas 9 mil lençóis (nenhuma em 2015). Num hospital que faz quase mil trocas diárias de lençóis, é difícil ver semelhança entre o que é dito e a realidade”, diz o parlamentar.
O petista critica ainda o fechamento das lojas da Farmácia Popular para ampliação dos cargos comissionados da Bahiafarma. “Não houve redução de despesas em 2015 em contratos de terceirização de unidades próprias, nem com alimentação, limpeza e segurança, tampouco em terceirização de mão de obra. Fecharam todas as 28 lojas da Farmácia Popular sob gestão estadual, economia revertida na ampliação de cargos comissionados. A redução que houve foi na desmobilização das Diretorias Regionais de Saúde, paralisação de programas como o Saúde em Movimento, demissão de mais de mil enfermeiro e técnicos contratados pela fundação estatal, fechamento de leitos, corte de contratados com prestadores e redução de cerca de 40% na aquisição para hospitais públicos estaduais de medicamentos, insumos e materiais – deixando a rede com nível precário de abastecimento”. Redação do site Política Livre.