O cine Kurumim, evento de exibição de filmes em aldeias indígenas durante oficinas de cultura digital realizado pela rede de comunicação indígena Espalha Semente, está em sua 5ª edição e acontecerá pela primeira vez em Salvador. O evento irá abrir o calendário audiovisual baiano de 4 a 6 de março, no Palacete das Artes. Serão exibidas 32 produções de temática indígena, entre curtas, médias e longas-metragens. As tradicionais mostras a céu aberto não deixarão de existir e acontecem nas aldeias Tumbalalá, em Abaré, de 26 a 28 deste mês, e Kiriri, em Banzaê, de 1º a 3 de abril.
Treze convidados compõem a programação de debates em Salvador e nas aldeias, em um encontro único no Brasil de cineastas indígenas e não-indígenas. Entre eles estão: Vincent Carelli, Ariel Ortega, Isael Macaxali, Patri Ferreira, Takumã Kuikuro e Zezinho Yube. Esta edição também traz à capital baiana o grande xamã e porta-voz dos Yanomami, Davi Kopenawa.
Ele lançou recentemente a obra A queda do céu, em parceria com o etnólogo Bruce Albert, que foi celebrada pelos principais intelectuais do país. “Neste quinto ano da mostra, ela dá novos passos e chega à cidade, onde queremos povoar o mundo não-indígena com o olhar, os sons e imaginários da floresta, acreditando que olhar para o mundo do outro é uma forma de olhar para o nosso mundo”, afirma a curadora do projeto e antropóloga, Thaís Brito.
Programação
A programação nas aldeias está recheada de convidados e bate-papos, além das sessões diárias. Em Tumbalalá, um dos principais debates é sobre o Cinema Indígena no Nordeste, com a participação de Jaborandy Tupinambá, Sirleia Kiriri, Fábio Titiá Pataxó Hãhãhãe, Élvis Ferreira Fulni-ô e Gabriel Tumbalalá. Jornal da Chapada com informações da SecultBA.
A programação completa dos filmes, conferência, rituais e rodas de conversas está no site:
www.cinekurumin.wordpress.com.