A segunda-feira (7) para famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do acampamento 25 de Julho, foi marcada por violência e terror. Localizada na Fazenda Camapuã, no município de Baixa Grande, na Chapada Diamantina, a área foi invadida por pistoleiros para intimidar a saída dos sem-terra. De acordo com a coordenadora estadual do movimento, Aldeane Cesaria Lebrão, em contato com o Jornal da Chapada, o dono da fazenda ordenou a ação que resultou na queima de todos os barracos e até do galpão construídos pelos trabalhadores rurais.
“Mais uma vez, o latifúndio usa do seu poder para agredir e violentar trabalhadores sem-terra. Cinco homens fortemente armados rederam as famílias e incendiaram todos os barracos e galpão de reuniões, ameaçando os trabalhadores e trabalhadoras de morte. Não restou nada, tudo foi queimando”, informa a coordenadora estadual.
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Mesmo com a ação de violência, os sem-terra continuam resistindo na área e a intenção é permanecer no local. “Os bens matérias foram queimados, mas dentro de cada mulher e homem que ali moram, persiste a esperança da terra livre nas mãos de quem nela trabalha”, completa Lebrão.
Ainda conforme a militante do MST, o encaminhamento da Casa Militar foi registrar uma queixa na delegacia de Baixa Grande, mas, segundo os sem-terra, o delegado Almir Goés se negou a receber a queixa. “Ele deixou nossas famílias em situação ruim. Dizia que a nossa situação já estava sendo encaminhada pela Casa Militar e pelo Fórum e que ele não iria registrar o ocorrido. O delegado também usou a autoridade para ameaçar quem foi prestar queixa”.
Jornal da Chapada