A Câmara Setorial do Café realizou o primeiro encontro de 2016, neste domingo (13), para discutir as demandas da cafeicultura na Bahia, estado que se destaca como produtor dos melhores cafés do Brasil em qualidade, e vem se consolidando na produção de grãos especiais e selecionados, notadamente nas regiões de Vitória da Conquista, Chapada Diamantina e Barra do Choça. A reunião contou com a participação do Governo, representado pelo secretário da Agricultura, Vitor Bonfim.
“Temos 21 câmaras setoriais, e vamos priorizar pelo menos dez, inicialmente, sendo o café uma delas, e, no decorrer do tempo, daremos continuidade ao trabalho de desenvolvimento de todas as câmaras. Assumimos a missão de desenvolver o agronegócio no estado, dando atenção especial também ao médio produtor, sobretudo na organização desse grupo. Temos como exemplo a evolução do oeste da Bahia, a partir da organização dos produtores, com cooperativas muito bem estruturadas e avançando cada dia mais”, ressaltou Bonfim.
Algumas das demandas pautadas foram: necessidade de retomada do processo de Identificação Geográfica (IG) do café produzido na região de Vitória da Conquista; assistência técnica para pequenos e médios produtores; continuidade dos concursos de qualidade de café, por meio do apoio do Ministério da Agricultura (Mapa), Governo do Estado, cooperativas e instituições ligadas ao setor, a exemplo do Sistema Faeb/Senar, e presença maior da cafeicultura baiana na pauta do Mapa, nas decisões políticas do setor
Também estiveram presentes na ocasião as cooperativas do Território de Vitória da Conquista, por meio do presidente da Cooperativa Mista Agropecuária Conquistense (Coopmac), Jaymilton Gusmão Filho, do presidente da Associação dos Cafeicultores da Bahia (Assocafé), do secretário executivo da Câmara Setorial do Café, João Lopes, além de produtores da região. A reunião aconteceu no Parque de Exposições Teopompo de Almeida, durante o terceiro dia da 50º Exposição de Agropecuária, Comercial e Industrial de Vitória da conquista (ExpoConquista).
“A cafeicultura baiana já passou por vários momentos de crise, e este período de dificuldade financeira enfrentado em todos os setores é mais um a ser superado, por conta da força desta cadeia produtiva, com milhares de famílias vivendo desta atividade agrícola. A cafeicultura emprega cerca de oito milhões de pessoas”, declarou João Lopes.
“Temos cafeicultura forte, fruto de difusão de conhecimento e adesão de inovações tecnológicas. Pela primeira vez formamos 30 turmas de capacitação de qualidade de cafés, e esses produtores serão multiplicadores de conhecimento em suas comunidades”, destacou o presidente da Coopmac.
O presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas da Bahia (Sistema Oceb), Sérgio Tecchio, entregou ao secretário Vitor Bonfim um conjunto de proposições elaborado pela instituição, de políticas agrícolas para o estado, no qual a cafeicultura está inserida, com destaque para a necessidade de aumento do tempo de custeio para os produtores de café da Bahia de um, para dois anos. Com informações da Ascom da Seagri.