Duas fazendas serão vistoriadas no Extremo Sul da Bahia pelo Incra para aquisição por meio do Decreto 433/92, que permite ao Instituto obter áreas consideradas de interesse social e que não se enquadram no perfil da desapropriação. A decisão foi tomada nessa quarta-feira (16), numa reunião com representantes do Movimento dos Trabalhadores Independentes (MTI). O Instituto recebeu a informação de que proprietários rurais no Extremo Sul estão interessados em comercializar suas terras com o Incra.
A iniciativa irá beneficiar os trabalhadores rurais do MTI, que, segundo lideranças, possui uma demanda de 400 famílias a serem assentadas no estado. O superintendente regional Luiz Gugé esclareceu que o primeiro passo será convidar os proprietários para apresentarem as documentações necessárias dos imóveis rurais para análise. “Após essa etapa, realizaremos as vistorias”, acrescentou Gugé. O líder do MTI, Wedson Souza, contou que está com boas expectativas para conseguir assentar as 400 famílias. “Precisamos de terra para o avanço da agricultura familiar na reforma agrária”, enfatizou Souza.
Atendimento
Na segunda-feira (15), a regional baiana recebeu representantes da Fundação de Apoio aos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares da Região do Sisal e Semiárido da Bahia (Fatres). Decidiu-se que vistorias serão realizadas para atender famílias desse movimento. Além disso, servidores do Instituto farão uma visita ao assentamento Vale do Itapicuru, ligado a Fatres, no município de Araci, no dia 30 de março, para solucionar questões técnicas em conjunto com as famílias de trabalhadores rurais.
Na quinta-feira (10), o superintendente regional acompanhou a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar da Bahia (Fetraf/BA) numa reunião em Brasília (DF), com a presidência do Incra. No encontro foi proposto um estudo para um novo modelo de assentamentos rurais, com lotes menores e próximos a áreas urbanas, que podem ser implantados no Extremo Sul. Com informações do Incra/BA.