O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), foi o primeiro a falar no espaço de uma hora, dedicado aos partidos políticos. Ele iniciou agradecendo o PMDB pela forma madura como debateu o processo de impeachment e anunciou a posição da maioria da legenda a favor do impedimento da presidenta Dilma Rousseff. “Quero aqui, nesse primeiro momento, dizer que, por decisão do PMDB, a orientação da bancada do PMDB será pelo impeachment”, disse. Aliado da presidenta da República, Picciani agradeceu a liberdade e postura do partido com ele, que não acompanhará a orientação na votação de domingo (17). Picciani classificou o momento como de “extrema gravidade da vida nacional” e avaliou que isso deve ser motivo de preocupação e atenção aos desdobramentos no passo seguinte.
“Sou de uma geração que não viveu o arbítrio da ditadura, de uma geração que acompanhou, ainda na infância, o processo de impedimento de Collor. Não imaginava que minha geração viria a viver um momento como esse, mas quis o destino que aqui estivéssemos”, disse. O líder do PMDB alertou que o momento grave seja tratado, por cada um dos parlamentares, com a seriedade que merece. “Seja qual for a nossa posição, não pode ser tratado como algo simples ou algo menor”, destacou. Picciani disse que, se tratado com grandeza, o próximo passo pode ser uma reconciliação, para que sejam traçados novos caminhos para o futuro.
“Quero fazer um apelo aos meus colegas de bancada. Seja qual for o resultado no próximo domingo, que nós todos tenhamos a grandeza no país, grandeza que faltou no pós-eleição de 2014”, afirmou. Em uma tentativa de fazer uma análise mais neutra da situação, Picciani avaliou que os dois lados que protagonizaram a disputa em 2014 erraram. A presidenta, porque, segundo ele, não teve a compreensão de que havia uma divisão no país e que era preciso reconstruir pontes; e o partido derrotado nas urnas, o PSDB, por não ter aceito o resultado das urnas. Da Agência Brasil.
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