Na manhã deste sábado (16), a partir das 6h, mais de 5 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de várias regiões da Bahia, fecharão a BR-324, próximo ao Posto Nota Mil, Rei da Pamonha, na altura do Km 20. Sem previsão de liberação da pista, os Sem Terra pretendem realizar diversas intervenções artísticas e culturais, apontando a luta pela terra como base norteadora do diálogo com a sociedade. A ação é um ato político em defesa da reforma agrária. Em Coletiva de Imprensa, realizada nesta sexta (15), em Salvador, Evanildo Costa, da direção nacional do MST, disse que o movimento estará nas ruas defendendo a democracia e pautando a reforma agrária.
“Para isso, vamos fechar a BR 324 sem previsão de liberação”, destacou o dirigente. Após a coletiva, teve início um grande “Ato Político e Cultural” puxado pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. Mobilizando cerca de 30 mil trabalhadores na capital baiana, que saíram em marcha pelo centro da cidade. O ato faz parte da “Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Democracia”, onde mais de 22 categorias, movimentos e organizações, estão nas ruas de todo país denunciando o processo de impeachment, sofrido pela presidenta Dilma Rousseff. “Se não existe crime, não pode haver impeachment. Isso é golpe”, afirmou Cedro Silva, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Reforma Agrária
Além de fortalecer as lutas contra o golpe e defender a democracia, durante o fechamento da BR, os Sem Terra pretendem realizar diversas intervenções artísticas e culturais, apontando a luta pela terra como base norteadora do diálogo com a sociedade. Esta ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que durante todo mês de abril vem denunciando a criminalização dos movimentos populares e o aumento da violência no campo.
Além disso, vão denunciar os 20 anos de impunidade do Massacre de Eldorado dos Carajás e o assassinato dos Sem Terra Vilmar Bordim (44) e Leonir Orback (25), mortos numa emboscada montada pela Polícia Militar e funcionários de empresa Araupel, na última quinta-feira (7), dentro do Acampamento Dom Tomas Balduíno, em Quedas do Iguaçu (PR). A direção do MST na Bahia, diz que “estarão nas ruas para pautar a Reforma Agrária e exigir justiça por aqueles e aquelas que morreram em defesa de uma sociedade mais justa e igualitária”. Com informações do Voz do Movimento.