A exposição “Cenário da Memória Diamantina”, organizada pelo artista visual e pesquisador de patrimônio Marcos Zacariades, será aberta no próximo dia 22 de abril, às 19h, na Galeria de Arte e Memória, um museu a céu aberto, situado na Vila de Igatu, em Andaraí, na Chapada Diamantina. A mostra, que fica à disposição do público até o dia 28 de junho, traz 40 fotos e multimídia das ruínas garimpeiras da própria Vila de Igatu, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O trabalho do artista é o resultado de expedições realizadas aos lugares inóspitos da localidade e pretende resgatar e conservar as manifestações culturais da Vila. Além da exposição, integram a iniciativa um ciclo de palestras, de 18 a 21 de maio, durante a Semana Nacional de Museus, e a doação de um Inventário Fotográfico e Iconográfico, em arquivo digital, que será doado a Biblioteca Municipal Herberto Salles, em Andaraí, para uso público.
Confira imagens da exposição:
O professores da Escola de Belas Artes da Ufba Luiz Freire e Viga Gordilho, além do restaurador José Dirson Argolo farão parte dos debates sobre as diversas vertentes artísticas, desenvolvendo a arte como fator de educação social no município. O curador da exposição explica que o trabalho partiu da necessidade de chamar a atenção sobre a riqueza patrimonial das ruínas de pedras remanescentes do ciclo do diamante ocorrido na Bahia.
“A grande quantidade de moradas garimpeiras, as extensões de aquedutos que levavam água para as zonas de garimpo, as barragens, as grunas (garimpos subterrâneos), usinas e todo o aparato que deu estrutura durante os cem anos de exploração extrativista na região da Chapada Diamantina estão sendo prospectados, fotografados e geo-referenciados para criar o Inventário Fotográfico Patrimonial desse acervo”, conclui. Jornal da Chapada com informações do Ipac.