Há um período da gravidez no qual a contaminação por Zika é mais preocupante? Como proteger a grávida e seu bebê durante a gravidez? A mulher que teve Zika pode amamentar? O Zika Vírus pode ser transmitido na relação sexual? Quando o congelamento de óvulos e embriões pode ser uma alternativa? Essas e outras dúvidas serão esclarecidas nos próximos dias 5 e 6 de maio, quando a Insemina Centro de Reprodução Humana promove atendimento gratuito de cem casais inférteis que não têm acesso aos serviços de reprodução assistida. A proposta da clínica é orientá-los sobre possíveis problemas que estão dificultando a gravidez e esclarecer as dúvidas com relação aos riscos do Zika Vírus e sua prevenção. O atendimento, dentro do limite de vagas, será realizado das 8h às 12h e das 13h às 17h, na sede da clínica, no Comércio (Rua Miguel Calmon, nº 40, Edifício Conde dos Arcos, salas 102 e 103), em Salvador, e deve ser agendado previamente pelo telefone (71) 3012-3010.
Cerca de 15 % da população brasileira em idade fértil é afetada pela infertilidade, mas nem todos têm condições de ter acesso aos especialistas da área de reprodução assistida. Mulheres com pouca reserva ovariana ou com mais de 35 anos de idade, ou seja, com a fertilidade entrando em declínio, devem avaliar com sua família e com o especialista as alternativas possíveis para a maternidade. Adiar a gravidez, nesses casos, pode comprometer a capacidade reprodutiva do casal, mas a decisão de conceber é um direito exclusivo da mulher. “Os casais em tratamento para engravidar precisam ser informados sobre as formas de prevenção, as vias de transmissão do Zika Vírus e a relação da doença com a microcefalia nos bebês”, explica a o ginecologista Joaquim Lopes, especialista em Reprodução Humana.
As gestantes ou mulheres que estão em tratamento para engravidar devem dobrar a atenção. “Uma alternativa para mulheres que, em virtude do avanço da idade, não podem retardar o tratamento, é realizar a coleta de óvulos, congelar os embriões e aguardar o momento oportuno para recebê-los e engravidar”, esclarece o médico Joaquim Lopes. Além do combate aos focos do mosquito nas residências, vizinhança e ambiente de trabalho, há medidas de proteção individuais que devem ser adotadas para se proteger do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da chikungunya.
Usar repelentes à base de icaridina, IR3535 (etil butilacetilaminopropionato) e DEET (dietiltoluamida), vestir-se com roupas compridas (calças e camisa de manga), preferencialmente de cor clara, manter portas e janelas fechadas ou teladas, manter a temperatura baixa com ar condicionado e usar mosquiteiros são algumas medidas que reduzem o risco da exposição ao mosquito. No caso de gestantes, é importante consultar o médico para a indicação do repelente adequado. Todos esses assuntos serão discutidos com os casais no dia 5 de maio, quando os casais receberão essas e outras informações sobre sua fertilidade e o tratamento adequado para o seu caso.