Uma pessoa foi detida na manifestação que ocorreu na quarta (11) na Esplanada dos Ministérios, segundo a Polícia Militar (PM) do Distrito Federal. Trata-se de um homem que participava do protesto contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que está sendo discutido pelos senadores na noite desta quarta-feira. Ele teria agredido policiais jogando pedras. Segundo a PMDF, cinco mil manifestantes, dos quais quatro mil contra o impeachment e mil a favor, foram à Esplanada acompanhar a sessão plenária do Senado Federal que decidirá pela continuidade ou não do processo contra a presidenta. A sessão ainda prossegue na Casa, mas, de acordo com a PMDF, os manifestantes já se dispersam. Resta um grupo de aproximadamente 300 pessoas contrários o impeachment e 600 favoráveis. Na avaliação da PM, a concentração foi inferior aos 20 mil manifestantes esperados. Um contingente de 2 mil policiais estava no local.
O homem foi detido numa confusão que ocorreu nesta noite. Um grupo de mulheres entrou em confronto com a polícia. Elas chegaram à Esplanada marchando e ficaram frente a frente com a PM, no lado esquerdo da barreira que separa manifestantes contrários e favoráveis ao afastamento de Dilma do cargo. Por trás delas, manifestantes dispararam rojões e atiraram objetos em direção aos policiais, que reagiram com gás de efeito moral, dispersando o grupo. A polícia identificou o homem que jogava pedras. Ele foi encaminhado à delegacia, onde será registrada uma ocorrência e, em seguida, provavelmente, posto em liberdade. Além dessa ocorrência, duas pessoas foram levadas ao hospital por passarem mal. Do lado pró-impeachment não foram registradas ocorrências.
Vigília na Universidade
Reunidos desde o meio da tarde desta quarta (11), estudantes, professores, técnicos e entidades sociais e sindicais realizam uma vigília contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff em frente à sede da reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. Os participantes se dizem contrários ao processo e argumentam que não há crime de responsabilidade fiscal por parte de Dilma para o andamento do impeachment.
“Vou tentar acompanhar a votação até onde der, porque é uma forma de minha expressão pessoal e até emocional. Como brasileira, me sinto ofendida, insultada e desrespeitada por ter votado na presidenta e ela está sendo tirada por um golpe de estado, de maneira extremamente desrespeitosa”, disse, emocionada, a estudante de letras da UFBA Vilma Martins. Um dos coordenadores da Frente Povo Sem Medo, que se posiciona contra o impeachment é o militante Walter Takemoto, que questiona o processo e garante que as mobilizações devem continuar, mesmo com o afastamento da presidenta.
“Nesse período [180 dias] vamos nos mobilizar na Bahia e no Brasil contra esse golpe em curso e contra o governo Temer, que consideramos um governo ilegítimo”, afirmou Takemoto. “Estamos em frente ao prédio para demonstrar à população de Salvador que não vamos aceitar resultado algum que não a permanência da presidenta no cargo. Queremos que as pessoas possam ter contato com o que defendemos, que é a inexistência de qualquer crime cometido por Dilma”, completou o militante. No fim da tarde, integrantes do Movimento Brasil Livre, favoráveis ao impeachment, se reúnem no Farol da Barra para acompanhar a votação do Senado. As informações são da Agência Brasil.
Acompanhe ao vivo: