Os bens arqueológicos de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, terão um novo inventário elaborado pelo grupo de pesquisa Bahia Arqueológica e coordenado pelo conceituado arqueólogo e professor da Universidade Federal da Bahia, Carlos Etchevarne. Trata-se do projeto ‘Inventário de locais com vestígios arqueológicos de Morro do Chapéu’, projeto vencedor dos Editais da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), sob coordenação do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). O investimento foi de R$ 99,6 mil do Fundo de Cultura da Bahia.
De acordo com Etchevarne, o conhecimento prévio possibilitou avaliação rápida do potencial dos locais com vestígios arqueológicos. A ideia é que com o inventário, novas diretrizes de atuação no campo da preservação, gestão e educação para o parque possam ser adotadas. “A proposta está relacionada com o histórico de ações patrimoniais e participação de pessoas da região, o que facilitou o trabalho”, diz Etchevarne. O inventário pode fornecer subsídios para o estabelecimento de diretrizes de outras ações de preservação do patrimônio cultural na região.
Com território formado há 1,7 bilhão de anos, a Chapada detém as maiores altitudes do Nordeste e enorme variedade ambiental. Além dos bens naturais, a região tem acervo arquitetônico-urbanístico dos séculos XVIII, XIX e XX. Já o parque do Morro do Chapéu está em região de elevado significado cênico/turístico da Chapada. Ele foi criado 1998 para proteger espécies de animais raras e ameaçadas de extinção, preservar a vegetação, campo rupestre, o cerrado/caatinga e os sítios arqueológicos. Com área estimada em 46 mil hectares, o parque faz parte da bacia hidrográfica do Rio Paraguaçu. Com informações do Ipac.