Neste sábado (28) a Associação Aurora Jacobinense, na Chapada Norte, será palco para a festa das lembranças Amigos Amado, uma homenagem póstuma ao maestro Amado Honorato de Oliveira. A animação do espaço ficará por conta da Orquestra São Francisco, de Juazeiro, da qual fazem parte ex-companheiros de música do querido maestro na antiga formação Amado e Seus Xeques-Mate. “A proposta do evento traz de volta toda a alegria dos grandes bailes que tanto marcaram nossas vidas, ao lado de um repertório eclético e contemporâneo. Um momento para recordar e se divertir, em uma atmosfera totalmente envolvente”, declara Antônio Carlos Mendes, primogênito de Amado.
A magia da música sempre esteve presente na vida do mestre Amado. Desde a adolescência, transformar as notas musicais em melodias ritmadas e harmônicas era a sua paixão. Para esse grande maestro e músico autodidata, a música era uma criação divina, estando no “profano dos trios elétricos; nos sinos das catedrais; na inocência da criança; na extravagância do Carnaval; na agitação do forró; nas quedas das cachoeiras; no doce enlevo do lar e no momento final de nossa vida a pedir silêncio para a volta da matéria ao pó”.
Autor da melodia do Hino à Jacobina, Amado costumava dizer que bastava entregar um grupo de jovens e instrumentos para ele fazer a tradição cultural de Jacobina renascer. Fundador da Filarmônica Juvenil Rio do Ouro, em 1997, apelidada por ele de “Bandinha”, Amado deu os seus primeiros passos no cenário musical a partir da troca de conhecimento com o mestre Brasilino Oliveira, na Escolinha de Música da Sociedade Filarmônica Aurora Jacobinense e, posteriormente, com o maestro Armindo Oliveira, quando integrou a Banda de Música da Sociedade Filarmônica 2 de Janeiro, onde foi bombista, prateleiro, clarinetista, trombonista e regente.
No seu encontro com a “divina arte”, como costumava chamar, ele fundou o conjunto Amado e Sua Orquestra, o Bando Copacabana, a Orquestra do Grande Rio e, por último, Amado e Seus Xeques-Mate, grupo que movimentou o cenário musical até 1985. De vendedor de pães a alfaiate e servidor público, foi um dos pioneiros da radiofonia jacobinense, atuando como sonoplasta, locutor, produtor e apresentador de programas. Escritor, poeta e cronista, entre tantos talentos, Amado era um cidadão apaixonado pela riqueza cultural da região, sendo o idealizador o I Encontro de Filarmônicas de Jacobina, em 2003, enquanto diretor do Centro Cultural da cidade. Com informações da Assessoria.