Dois grupos europeus apresentaram projetos de investimentos na Bahia em reunião com o governador Rui Costa e o secretário de Planejamento e vice-governador do Estado, João Leão, na tarde desta segunda-feira (30), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. A empresa portuguesa Euroeste vai implantar um complexo agroindustrial no município de Barra, no oeste, e o grupo inglês Sono Internacional é responsável pela retomada do Parque Industrial da Cajuba, em Nova Soure, na região nordeste do estado.
De acordo com o diretor-presidente da Euroeste, Pedro Garcia de Matos, o complexo agroindustrial será voltado ao plantio de grãos, fabricação de ração e abate de suínos. “Nós fomos convidados pelo Governo da Bahia para visitar o estado um tempo atrás para avaliar pontos interessantes de desenvolvimento aqui. Vimos na região de Barra uma zona bastante interessante e ainda por explorar. Nós vamos comercializar os suínos internamente na Bahia e mais tarde, em até três anos, exportar. Produziremos uma média de 100 mil suínos por ano”, explica.
Segundo João Leão, o grupo acerta por investir na produção e no abate de animais em um mesmo local. “O objetivo é um crescimento para chegar à exportação. Eles têm o mercado. Nós temos algo peculiar, que é a comida. Na Europa, os porcos que eles criam em Portugal são alimentados com rações oriundas do oeste da Bahia. Eles levam daqui a soja, o farelo de soja e o milho. Em Barra, a soja e o milho serão plantados ao lado da criação de porcos. A carne daqui será altamente competitiva na Europa”.
Produção de sucos
Já o grupo Sono Internacional arrematou em leilão a indústria Cajuba e vai produzir sucos em Nova Soure a partir de outubro. “Nós fizemos a aquisição da unidade da Cajuba para reativá-la e vamos voltar a produzir e exportar suco. O foco da produção são os cítricos, aproveitando a produção de limão e laranja da região, e as frutas tropicais. Devemos gerar até 150 empregos diretos”, afirma o CEO da Sono Internacional, Luiz Arena.
João Leão destaca que “a vinda da empresa inglesa vai movimentar a economia da região de Nova Soure, principalmente os pequenos e médios produtores. Na cadeia produtiva, mais de 5 mil pessoas vão estar envolvidas na plantação e colheita de frutas para abastecer a unidade. Também temos naquela região uma produção significativa de cajus que podem ser aproveitados”.