Sacos com balas de gengibre. Esses foram os artefatos encontrados pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar com Frank Oliveira da Costa, o rapaz que ameaçou explodir uma bomba na faculdade Unijorge, em Salvador, durante uma prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no último domingo (24). A negociação com o Bope durou cerca de quatro horas e, por conta do incidente, a prova foi cancelada.
Frank Oliveira é bacharel em Direito e vai responder em liberdade por “provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto”. Ele foi enquadrado, segundo a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), no artigo 41 da Lei 3.688/41, e pode ser condenado a pagar uma multa ou ficar preso de 15 dias a seis meses.
De acordo com a SSP-BA, não foram encontrados artefatos explosivos ou armas de fogo com o rapaz, apenas roupas e duas bananas nanicas era o material transportado nas duas mochilas que ele carregava. Após depoimento no Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), Oliveira foi levado para exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e foi liberado em seguida.
A Unijorge informou por meio de nota que Frank Oliveira da Costa cursou direito há 10 anos na instituição, entre os segundos semestres de 2000 e 2006. De acordo com a universidade, o histórico escolar de Frank é de um aluno de conduta regular, sem qualquer registro de incidente durante o período de curso.
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Frustração
A rendição ocorreu quatro horas após início da confusão e com a chegada do advogado Marcos Melo, que foi contratado pela família do suspeito. Segundo o coronel do Bope, Paulo Coutinho, o motivo da ameaça seria o fato de o homem não ter passado no exame anteriormente e estar frustrado. O coronel ainda afirmou que o rapaz aparentava ter problemas mentais e já tem um processo contra a OAB.
Questionado sobre o motivo de ter ameaçado explodir bombas no prédio da Unijorge, ele não respondeu a pergunta até ser confrontado com a informação de que a razão seria o fato de ter sido reprovado outras vezes no exame. “Positivo. Eu tentei 18 vezes, mas não consegui por causa do caixa 2 da OAB”, afirmou Frank de forma categórica. Com informações do G1 BA e Correio 24h.