O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) criticou o que chamou de “indignação seletiva” ao se referir a delações envolvendo o presidente interino Michel Temer (PMDB), o ministro de Relações Exteriores, José Serra (PSDB), e o ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB). Nesta quarta-feira (10), depois de analisar a pouca repercussão dos casos e criticar a forma como a notícia vem sendo veiculada, Valmir descreveu, resumidamente, as denúncias envolvendo os três políticos. Salientou também, que Anastasia é relator do processo que pede o impedimento da presidente Dilma Rousseff, afastada por suposto crime de responsabilidade.
“É inacreditável como as coisas se dão. Se fosse o PT, ou algum político ligado ao PT, os casos já seriam um escândalo, por si só, mas envolve mais de R$ 50 milhões em propina direta para caixa 2 de campanhas ou até mesmo para fins espúrios. Temer teria recebido de empreiteira R$ 10 milhões em dinheiro vivo de uma só vez. Serra recebeu mais de R$ 23 milhões, em valores atualizados, R$ 34 milhões, para aplicar em caixa 2 da campanha para presidente em 2010”, aponta Assunção.
Serra declarou para a Justiça Eleitoral ter recebido de doações R$ 2,4 milhões, mas gastou quase dez vezes mais. “Já estamos ‘carecas’ de saber como os ‘vizinhos’ atuam. Essas denúncias mostram um pouco da origem do golpe, que começou com a vingança do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha [PMDB-RJ], e seguiu com os partidos que perderam as eleições, em 2014, para a presidente Dilma, eleita com mais de 52 milhões de votos”, dispara o petista.