O atleta norte-americano da natação James Feigen teve que pagar R$ 35 mil a uma instituição assistencial para poder deixar o Brasil, informou nesta sexta (19) a Polícia Civil. Feigen e seu colega Ryan Lochte foram indiciados por falsa comunicação de crime depois que fizeram o registro de ocorrência de um roubo que não ocorreu. Ao investigar o suposto roubo, os policiais perceberam que as versões de Feigen e Lochte eram contraditórias. Eles descobriram que os dois se envolveram, com outros dois companheiros da equipe de natação norte-americana, John Conger e Gunnar Bentz, em um tumulto e depredação de um posto de gasolina no último domingo (14), na Barra da Tijuca. Segundo a Polícia Civil, o delegado Clemente Braune, da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) informou que Ryan Lochte e James Feigen foram apontados como autores do crime de comunicação falsa, tendo sido lavrado o termo circunstanciado de ocorrência.
Versão mentirosa
Na última quinta-feira (18) à noite, o procedimento foi encaminhado ao Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos da Região Olímpica da Barra da Tijuca. Na oportunidade, James Feigen, acompanhado de advogados, foi apresentado a uma juíza pelos delegados Clemente e Braune Marcelo Carregosa. Na audiência, Feigen aceitou a proposta penal, que foi homologada pela juíza, com a condição de que ele pagasse R$ 35 mil a uma instituição assistencial. De acordo com a polícia, Ryan Lochte não compareceu, pois já havia deixado o país na última segunda-feira (15). Os nadadores John Conger e Gunnar Bentz também já deixaram o país, depois de terem seus passaportes devolvidos pela Justiça.
A versão inicial do assalto foi dada pelo atleta Ryan Lochte a um jornal dos Estados Unidos. Segundo o relato, ele e os colegas Gunnar Bentz, Jack Conger e James Feigen saíam de uma festa na Lagoa, zona sul do Rio, quando foram abordados em uma falsa blitz e assaltados por homens armados. Na última quinta (18), Conger e Bentz prestaram depoimento e desmentiram a versão do colega. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc, sigla em inglês) pediu desculpas ao Rio de Janeiro e aos brasileiros pelo incidente causado pelos nadadores norte-americanos. Da Agência Brasil.