O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) defendeu a atuação política que o ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner (PT) vem realizando no interior da Bahia e cita o município de Itaberaba, na Chapada Diamantina, como exemplo. Nesta segunda-feira (26), conforme Assunção, a política de alianças, assim como algumas decisões políticas mais sensíveis, são sentidas mais fortemente nos municípios do que na esfera estadual ou nacional, e que esse deve ser o sentimento da direção do PT de Itaberaba.
“É importante esclarecer alguns elementos concretos da conjuntura eleitoral na cidade e na Bahia que ajudam a entender que o ex-governador Jaques Wagner não só acerta quando dá apoio a toda a base aliada, como foi justamente essa postura que manteve nosso grupo político coeso ao longo desses anos. Sem falar que Ricardo Mascarenhas [PSB], além de me apoiar em 2014, apoiou Rui Costa, Otto Alencar e Dilma, que dão suporte ao projeto do PT, e tem uma boa relação com os movimentos sociais, o MST é um exemplo disso”, salienta o parlamentar petista.
Para Valmir é preciso esclarecer alguns pontos importantes para entender a política de aliança do estado. Primeiro, Assunção aponta que “Wagner não foi para Itaberaba fazer campanha contra o PT, o ministro foi apoiar o candidato da base aliada com melhores chances de derrotar a chapa que reúne a trinca golpista da Bahia: ACM Neto, Imbassahy e Geddel”. Conforme Assunção, esse é o critério adotado para outras cidades onde a base tem mais de um candidato. “Na reta final, apoiamos aquele que está mais bem posicionado para derrotar o DEM, PSDB ou PMDB”.
Em Itaberaba, a candidatura de Ricardo Mascarenhas conta com o apoio dos senadores Lídice da Mata (PSB) e Otto Alencar (PSD), e do vice-governador João Leão (PP). Ainda de acordo com Valmir, “é esse critério que permite Wagner fazer campanha para Zé Raimundo, em Vitória da Conquista, Caetano, em Camaçari ou Zé Neto, em Feira, mesmo estas cidades tendo outros candidatos aliados. Este é o padrão adotado pela coordenação política dos partidos aliados desde 2006. Uma política de alianças vitoriosa que não só resultou em três vitórias em primeiro turno para o Governo da Bahia, como garantiu à Dilma 24 dos 39 votos dos deputados federais e os três senadores contra o golpe”.