Na última sexta-feira (2) um erro da companhia aérea Gol enviou um menino de seis anos, que viajava desacompanhado do Rio de Janeiro para Vitória, no Espírito Santo, para Curitiba, no Paraná. O garoto ficou desaparecido por mais de uma hora, para desespero do pai, Wanderson Romão, de 32 anos, que o aguardava no destino contratado. O caso foi relatado nas redes sociais pelo pai do garoto, que protestou contra o erro e da forma que a empresa tratou a situação. Em nota, a Gol reconheceu o erro e pediu desculpas. “Nunca vi um ser humano, tão inocente, puro, ser tratado com tanto desprezo, despreparo, irracionalidade, como uma espécie de uma mala, que simplesmente foi extraviada”, escreveu Romão.
Segundo Romão, o menino, que mora com a mãe no Rio, ia a Vitória para comemorar o aniversário do pai, no sábado (3). Ele tinha um voo marcado para as 17 horas de sexta-feira, com chegada prevista em Vitória às 18h20. As passagens custaram R$ 750 e o professor pagou uma taxa de R$ 100 pelo serviço de acompanhamento. No Rio, a mãe entregou o menino, a uma funcionária da empresa, de acordo com Romão, com todos os documentos necessários para a viagem. Segundo o pai, os documentos permitiam que o menino viajasse sozinho apenas para os Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, onde ele tem parentes.
Romão afirma ter descoberto que a criança havia desaparecido quando descobriu, no desembarque, que o filho não estava no voo. “Percebi que meu filho, que deveria sair acompanhado, não havia saído do avião e não estava presente no voo. Foram as piores horas da minha vida, pois percebi que meu filho havia desaparecido”, relatou. Em seguida, Romão conta que procurou funcionários da empresa aérea para pedir informações, mas ninguém sabia dizer o que tinha acontecido com a criança.
Ele comunicou o sumiço da criança à mãe, que, em desespero, foi ao aeroporto do Galeão tentar, em vão, localizar o menino. Ele só foi encontrado uma hora depois na capital paranaense. Segundo Romão, a única solução foi enviar o menino de volta ao Rio, porque a empresa não ofereceu voos sem conexões para Vitória. A criança chegou ao Rio às 21 horas, totalizando quatro horas de viagem, segundo o pai. Ele afirma que entrará na Justiça contra a empresa.
Resposta da Gol
A Gol se manifestou em uma nota oficial, pedindo “desculpas aos familiares e ao menor pelo ocorrido e esclarece que houve uma falha no procedimento de embarque da criança, ocasionando a troca do voo”. A nota diz ainda que a companhia “reforça que a todo momento o menor esteve assistido por um colaborador da Gol e que imediatamente manteve contato com a família para prestar a assistência necessária” e “esclarece ainda que adotará medidas para evitar que situações como essa voltem a acontecer.” Com informações da Tribuna da Bahia.